(Red Bull Media Content Pool/divulgação)
O inglês Bernie Ecclestone teve o mérito de transformar, em pouco mais de três décadas, o Mundial de Fórmula 1 de uma “competição de garagistas românticos” em um dos mais seguidos espetáculos planetários.
Falhou, no entanto, ao acreditar que o fascínio da categoria seria suficiente para atrair público aos autódromos, patrocinadores e as principais montadoras de veículos e acreditar que nada ameaçaria o status do circo.
Fora do comando da FOM, que detém os direitos comerciais do campeonato, desde o começo do ano, Mr. E, como é conhecido, demorou a se render às redes sociais, queria manter a aura de exclusividade e pouco fez para aproximar a F-1 de quem nunca viu um GP de perto – para se ter uma ideia, mesmo o pessoal das categorias de suporte, como a F-2 e a GP3, muitas vezes não tinha acesso ao paddock.
Acostumado a lidar com o entretenimento e eventos esportivos de grande porte, o grupo norte-americano Liberty Media, que tomou as rédeas da categoria, quer tirar o atraso, para recuperar audiência e relevância. Para isso, traçou a ambiciosa meta de fazer, de cada GP, um Superbowl (a final da NFL, o futebol americano profissional. E um grande teste se dará hoje, em plena região central de Londres, como aquecimento para o GP da Inglaterra, domingo, em Silverstone.
As equipes, alguns pilotos titulares e outros reservas vão se exibir para o público e expor modelos históricos em torno do Palácio Whitehall, aproveitando o fato de que a maioria das escuderias tem sede no país.
Segurança
Com o nome de F-1 Live London , o evento terá ainda atrações paralelas, na parte da tarde, destinadas principalmente aos mais jovens – simuladores, autoramas, concursos de pitstop e competições escolares em Trafalgar Square.
Em questão de horas, as redes sociais estavam inundadas por vídeos das estrelas da categoria convidando para a festa das quatro rodas, e a expectativa dos organizadores é de que dezenas de milhares de pessoas passem pelo local para acompanhar as demonstrações das máquinas. O que seria, aliás, um dos motivos pelos quais o anúncio foi feito apenas na véspera – desencorajar a preparação de qualquer tipo de ação terrorista.
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