Familiares e amigos do preparador de goleiros da Chapecoense se despediram neste domingo (4) de Anderson Roberto Martins, de 46 anos, uma das vítimas da queda do avião que levava jogadores, membros da comissão técnica e jornalistas para uma partida entre a Chapecoense e o Atlético Nacional, na Colômbia. O corpo foi velado em BH nesta tarde, após todas as homenagens já prestadas em Chapecó, onde foi realizado um velório coletivo com a maioria das vítimas. Depois do velório, o corpo seguiu em cortejo para o Cemitério da Paz, onde seria realizado o sepultamento.
Muito abalado com a tragédia, o irmão de Anderson, Anselmo Martins, de 39 anos, contou que ele estava vivendo sua melhor fase. "Ele estava numa alegria imensa porque o clube estava no auge. Desde quando ele chegou lá, em 2008, o time não havia disputado nenhuma das séries, só o campeonato regional. Depois, eles conseguiram classificação para a série D, depois C, B e A. Ele estava no melhor momento, não só ele, mas o time inteiro", disse o irmão, que é educador físico.
Anselmo relatou que Anderson chegou a falar com a mãe antes da viagem para a Colômbia porque ele era muito religioso e ela sempre rezava para ele. O educador físico ainda agradeceu as manifestações de solidariedade de pessoas do mundo inteiro após a tragédia.
"A gente fica feliz por saber que as pessoas podem ser melhores que elas são. Às vezes é preciso acontecer certas fatalidades para as pessoas demonstrarem mais amor, sendo que a gente pode fazer isso sem que tragédias aconteçam. Amar mais uns aos outros porque a vida é muito curta para perder tempo. Essa é a mensagem que fica", ressaltou Anselmo.
Anderson estava na Chapecoense desde 2008. Ele começou a carreira como goleiro em Pirapora, no Norte de Minas e jogou no Democrata de Sete Lagoas, além de clubes de Brasília, Paraná e Santa Catarina. Após sofrer uma lesão, ele parou de atuar como jogador de futebol e iniciou a carreira como preparador de goleiros.