Federer bate bola com Guga e Maria Esther Bueno no Ibirapuera

Felipe Rosa Mendes, Nathalia Garcia e Paulo Favero
07/12/2012 às 19:03.
Atualizado em 21/11/2021 às 19:12
 (ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO)

(ERNESTO RODRIGUES/ESTADÃO CONTEÚDO)

Principal estrela do Gillette Federer Tour, série de exibições que acontece nesta semana em São Paulo, o tenista suíço Roger Federer dividiu o papel de protagonista do evento e os flashes das câmeras com Gustavo Kuerten e Maria Esther Bueno, em um encontro grandioso de 27 títulos de Grand Slam em simples. Na tarde desta sexta-feira (7), o trio de campeões posou para fotos, trocou elogios e até bateu bola por cerca de 10 minutos na quadra montada no Ginásio do Ibirapuera.

"Ele é meio fraquinho, mas estava bom. Tenho que arranjar um parceiro melhor", disse Maria Esther, em tom de brincadeira. "Jogar com o Federer, uma pessoa incrível, e o Guga é para entrar para a história", exaltou a brasileira, dona de sete títulos de simples em torneios do Grand Slam.

Aos 73 anos, e com uma rotina de três treinos semanais, Maria Esther resistiu ao forte calor no Ibirapuera e acompanhou o ritmo de Federer e Guga na rápida troca de bolas. Até mesmo quando os dois chegaram a formar dupla contra a brasileira na rede. "São dois exemplos para o mundo inteiro, o que eles fizeram foi fantástico", elogiou.

Antes de entrarem em quadra, Maria Esther e Federer trocarem presentes diante dos jornalistas. A brasileira ganhou uma raquete autografada do suíço e retribuiu com uma foto sua, também assinada, em ação no torneio de Wimbledon em 1962.

Dono de três títulos de Roland Garros, Guga não escondeu a empolgação por poder contar com Federer jogando no Brasil. "Eu vejo a importância de tê-lo aqui no Brasil, ele não é só o melhor no tênis, mas o melhor na história do esporte, exemplo de conduta e caráter. São 15 anos de carreira irretocável", afirmou o brasileiro. "Isso acaba contagiando as pessoas. Claro que a vinda dele não vai salvar o tênis brasileiro, mas é um estímulo enorme. É memorável tê-lo aqui", admitiu o brasileiro de 36 anos, aposentado desde 2008.

Federer retribuiu os elogios e exaltou a postura do brasileiro no circuito profissional. "Guga foi um dos jogadores mais populares do circuito. Eram adorado por fãs e pela mídia porque era um dos mais honestos e simpáticos. Estava sempre sorrindo. E ainda tinha um jogo interessante, vestia roupas coloridas, jogava limpo e tinha sucesso. Nunca vou esquecer o respeito que tinha pelos adversários", disse o suíço.

Tão empolgado por jogar no Brasil, o suíço de 31 anos afirmou que pretende voltar ao País para poder enfrentar Guga novamente. "Estava esperando jogar contra Guga agora, mas não deu. Vamos deixar para depois. Vou voltar para jogar com ele novamente", prometeu o recordista de títulos de Grand Slam em torneios de simples, com 17 troféus conquistados.

Federer e Guga chegaram a se enfrentar por três vezes no circuito, com duas vitórias para o brasileiro, no Masters de Indian Wells de 2003 e na edição 2004 de Roland Garros. Com estes resultados, o ex-tenista brasileiro é um dos raros a ter retrospecto positivo contra aquele que é considerado o melhor da história.

Ciente deste feito, Guga quer evitar um reencontro contra o suíço. "Estou com um placar de duas vitórias e uma derrota diante do Federer, acho que está bom", brincou o brasileiro, que tem feitos jogos de exibição nos últimos anos. "São poucos os que têm um retrospecto favorável contra ele, então é melhor não enfrentá-lo mais", completou, entre risadas.

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