Fim da ansiedade: chegou a hora de conhecer os grupos da Copa da Rússia

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
30/11/2017 às 20:38.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:58
 (Mladen Antonov/AFP)

(Mladen Antonov/AFP)

Frisson e ansiedade semelhantes, só se fosse disputa de pênalti valendo o troféu da festa. Com a diferença de que hoje, às 13h (de Brasília), quando as atenções do planeta se voltarem para os salões nobres do Kremlin, o centro do poder na Rússia desde o tempo dos czares, 32 torcidas estarão da mesma forma.

Afinal, reza a história do futebol que a conquista de uma Copa do Mundo começa pelo caminho até a taça. E a composição dos oito grupos da fase classificatória, bem como a ordem das partidas e os possíveis cruzamentos nos mata-matas das oitavas, quartas, semifinais e na grande decisão são justamente o mapa que separará todas as seleções do sonho.

Desde que o vizinho Peru se tornou o último classificado, o esporte preferido dos amantes do futebol foi tentar simular o que pode sair da fileira de potes com suas bolinhas. Sob o comando de Gary Lineker, ex-atacante da Seleção Inglesa, artilheiro do mundial de 1986 e da jornalista Marya Komandnaya, ex-jogadores e outras personalidades ajudarão a montar o quebra-cabeças que, em outros tempos, se transformavam nas disputadas tabelinhas distribuídas por bancos e postos de combustível.

A promessa é de um evento enxuto, rápido e de fácil compreensão, sem deixar de mostrar as belezas do 18º país a receber o Mundial; as arenas preparadas para a competição e lembrar de momentos históricos nestes 87 anos de disputa.

E com caras novas no comando. Afastados da Fifa desde a revelação de um escândalo de corrupção envolvendo a venda de direitos de transmissão e a suspeita de compra de votos para a escolha de sedes, Sepp Blatter e Jerôme Valcke tão lugar ao também suíço Gianni Infantino e à senegalesa Fatma Samba Samoura.

Suspense
Como o ranking da Fifa em sua última versão foi adotado para apontar os cabeças de chave (a exceção histórica são os donos da casa), a perspectiva de grupos relativamente tranquilos para os favoritos que normalmente marca as Copas deu lugar à possibilidade de muita emoção e surpresas.

Afinal, a se a regra adotada impede que haja mais de um sul-americano, africano, centro-americano ou asiático por chave, o mesmo não acontece com a Europa, por conta do número de classificados (há, no entanto, um limite de dois países do continente por grupo).

E como Espanha e Inglaterra foram para o Pote 2, há a probabilidade de 25% que um dos quatro campeões mundiais que estão no Pote 1 (Brasil, Alemanha, França e Argentina) tenham a compania de um dos dois, o que esquentaria bastante a disputa.

Além disso, nada impede que os europeus dos potes 3 e 4 (Dinamarca e Sérvia) integrem o grupo do Brasil. Por outro lado, estreantes como Islândia e Panamá e rivais de menor tradição como Marrocos e Tunísia podem proporcionar uma chave menos complicada.

Antes de deixar a missão nos pés de Neymar, Gabriel Jesus e dos demais comandados de Tite, por enquanto é hora de juntar os amuletos, invocar as forças celestiais e grudar o rosto na TV. Como diz o narrador, “é Copa do Mundo, amigo...”.

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