Florida Cup, conversa com Oswaldo, 'atrás da fila': Adilson fala da própria situação no Atlético

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
23/01/2018 às 19:52.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:55
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

De todos os jogadores que foram titulares contumaz em 2017 no Atlético, o que precisará recuperar mais terreno no clube é o volante Adilson. Relegado a reserva do time reserva. O "alemão", nesta situação de pouco espaço, chegou a ser cogitado fora do clube. Mas em entrevista sobre o tema, ele deixou claro que não pensa em sair do Galo.

Escolhido para ir na Florida Cup ao lado de jogadores sub-20 ou outros que voltavam de empréstimo, Adilson retornou para Belo Horizonte e, mesmo "atrás da fila", poderá até mesmo ter uma oportunidade contra o Villa Nova, nesta quinta-feira (23). Isso porque Yago deve ser poupado (desconforto muscular). 

Uma oportunidade que, conforme o próprio falou, "vem até mesmo antes de eu esperar". Fato é que Adilson se viu em momentos ruins. Desde um problema com a esposa (abordado na entrevista, com os trechos abaixo) a desde virar reserva, ver Yago e Gustavo Blanco o deixarem para trás, além da contratação de Arouca. 

Atlético tem para volantes: Elias, Arouca, Gustavo Blanco, Yago, Adilson, Roger Bernardo, Ralph, Lucas Cândido


"Fui conversar com ele, de peito aberto, perguntar para ter um rumo mesmo. Oswaldo foi muito sincero comigo, disse que muita gente terminou o ano bem, melhores do que eu. E acabo indo atrás da fila e tendo de buscar o espaço. Aconteceu simplesmente isso. Ele deixou isso bem claro, que não poderia ignorar tudo que os outros meninos fizeram", afirmou Adilson, sobre a ida para a Florida Cup. 

SITUAÇÃO NO ATLÉTICO
"A minha situação é de extrema tranquilidade no momento. Fiz toda uma avaliação do meu ano passado. Pude entender que muita coisa aconteceu no fim do ano e muita gente terminou bem 2017, o Blanco e o Yago. O processo natural do ano anterior foi difícil para mim, e não pude terminar tão bem. Acabei ficando um pouco para trás".

"Mas não posso jogar tudo fora, todo o trabalho, de dedicação para superar todas as dificuldades que a gente já esperava. O que mais queria era permanecer no grupo do Atlético, fazer os trabalhos no início do ano, e seguir 2018 com mais tranquilidade. Alguns resultados mostram que estou melhor".

PROBLEMAS PARTICULARES?
"Na verdade houve um pouco de confusão a partir dessa informação. Na última semana do ano, na partida contra o Grêmio, minha esposa teve uma complicação de uma cirurgia e tive que acompanhá-la a semana inteira, em hospital... Mas foi apenas na última semana. As pessoas entenderam que era um processo das outras semanas. Realmente cheguei naquele jogo cansado, perdi peso. Mas fiz de tudo para poder jogar, queria jogar"

"O real problema no final do ano foi, além de toda a carga de jogos - quase dobrei o número de jogos que fazia fora do país - foi diante do Botafogo, em outubro, onde tive pancada no joelho. Não consegui me preparar durante a semana, era DM e ir direto para os jogos. Meu rendimento começou a cair naturalmente. É uma coisa que avalio melhor do que outros. Oswaldo também tem tanta situação para cuidar. E a responsabilidade passou a ser minha. Sempre me coloquei à disposição, corri o risco de perder espaço, mas é a maneira que eu trabalho. Agora eu corro atrás novamente".

DESEJO DE SAIR?
"Não houve contato meu com ex-colega, com outro clube, nem intensões minhas. Todo mundo próximo a mim sabe ou ao menos sabia de permancer no Atlético. Eu tinha 10 anos de profissional antes de chegar aqui, cinco anos num clube (Grêmio) e cinco anos no outro (Terek). Não queria ficar um ano no Atlético, sair numa condição não tão boa. Se eu tiver apenas mais um ano, quero sair  por cima, fazer história, mas de preferência permanecer por mais alguns anos aqui"

TEVE PROPOSTA?
"Algumas situações começaram a se desenhar, mas já falei de imediato ao meu representante que não tinha intenção de sair, que eu não queria ouvir situações, possibilidades, porque a minha intenção era total de permanecer"


CLAREZA NA SITUAÇÃO NO CLUBE
"Eu me blindei, focando totalmente na minha permanência no Atlético. Não abri para outras possibilidades. Continuo acreditando que estou nos planos do Atlético, é o que eu busquei, foi o que conversei com o pessoal aqui. Se não estou, ou não estaria, são outras pessoas que devem se manifestar a respeito. Eu, desde que acabou o Brasileiro, os meus treinos nas férias foram voltados para o meu retorno aqui"

"Eu acredito que a intenção do clube é contar comigo. Não vejo outra maneira. Ninguém chegou até mim e disse que eu não estou nos planos"

IDA A FLORIDA E CONVERSA COM OSWALDO
"Conversei com o Oswaldo, procurei ele antes de viajar. Mas para bater um papo com ele, não fui cobrar o Oswaldo. Até porque quando joguei a maioria dos jogos no ano passado, não fui conversar com ele pedir explicações. Ele não tem essa obrigação. Fui conversar com ele, de peito aberto, perguntar para ter um rumo mesmo. Oswaldo foi muito sincero comigo, disse que muita gente terminou o ano bem, melhores do que eu. E acabo indo atrás da fila e tendo de buscar o espaço. Aconteceu simplesmente isso. Ele deixou isso bem claro, que não poderia ignorar tudo que os outros meninos fizeram. Encarei com tranquilidade e falei para ele que gostaria de permanecer, brigar pelo meu espaço porque o ano era longo"

TITULAR NESTA QUINTA
"Caso o Yago não jogue, pode surgir uma possibilidade muito mais cedo que eu esperava. Claro que eu comecei um pouco mais tarde esse trabalho acompanhado, pela minha ida na Florida. Mas muito mais cedo que aconteceu em 2017, quando cheguei só em março. Temos muito tempo de trabalho ainda, já tentar jogar esse próximo jogo e fazer o melhor possível, mas entendo também que ele faz parte de toda uma preparação para o restante do ano"

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