'Fred Parte II: a Missão'. Retorno do atacante é destaque na reapresentação celeste

Guilherme Guimarães
Hoje em Dia - Belo Horizonte
03/01/2018 às 20:26.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:34

A movimentação da diretoria do Cruzeiro visando reforçar o elenco para 2018 foi uma das melhores do clube nos últimos anos. Dos seis atletas que vestirão azul e branco a partir deste ano, um deles chama a atenção pelo seguinte detalhe: volta ao clube que o projetou para o mundo depois de atuar justamente com a camisa do maior rival.

Frederico Chaves Guedes, ou simplesmente Fred, precisou de 12 anos e algumas tentativas frustradas de outras diretorias para, enfim, “balançar o coração” do cruzeirense novamente. Em seu primeiro dia na Toca da Raposa II, onde o camisa 9 havia pisado pela última vez em 2005, Fred se mostrou um pouco tímido, com sorriso de canto de boca.

Publicamente, andou acompanhado de dois zagueiros, Dedé e Manoel, ao se dirigir à academia para os trabalhos físicos. Ele será apresentado oficialmente hoje à tarde. E o retorno do centroavante à Toca, além do quesito técnico, serviu para finalizar antigas rusgas que tinha com o agora parceiro Manoel e o técnico Mano Menezes.

Fred e Manoel protagonizaram episódio de violência no clássico do dia 1º de abril de 2017, pelo Campeonato Mineiro. Naquela ocasião, o atacante atleticano acertou um soco no cruzeirense Manoel. Por isso,  foi expulso, julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-MG) e punido com quatro jogos de suspensão. E justamente no retorno do avante à Toca, ficou lado a lado com o antigo oponente.

Ainda sem movimentações no campo do centro de treinamento estrelado, Fred esteve frente a frente com Mano Menezes, com quem também teve problemas em 2012. Naquele ano, o atacante chegou a dizer, para justificar não convocações à Seleção Brasileira, que o então técnico do Brasil, o próprio Mano, não gostava de seu estilo de jogo.

Menezes tratou de colocar um fim no assunto que, para ele, está superado. “Ele estava enganado”, disse Mano, que até admitiu mudar o esquema de jogo do Cruzeiro para escalar o novo camisa 9 do clube.

“Então, se nós contratamos um jogador que é um nove, nós vamos ter que construir a jogada de forma diferente para esse jogador,  a formação da equipe vai alternar, e nós temos que trabalhar para isso”, comentou o técnico, que admite fazer revezamento no grupo no começo de temporada, sempre com o foco na disputa da Copa Libertadores. Como lembrou, são apenas 14 dias até a estreia oficial, contra o Tupi, no Mineirão.

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