Futuro x pressão: um clássico com significado bem diferente para os dois comandantes

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
20/10/2017 às 19:28.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:19

Quando a bola rolar, com certeza as forças se equivalem. A história recente do clássico tem sido assim e, muitas vezes, quem está por baixo conseguiu se superar e sair com a vitória. Mas se no presente a tendência é por igualdade neste domingo, a partir das 17h, no Mineirão, quando Cruzeiro e Atlético se enfrentam pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro, o futuro dos dois clubes é bem diferente.

E a renovação de Mano Menezes, que seguirá por mais dois anos na Toca da Raposa II, mostra um 2018 cruzeirense encaminhado, contra um futuro de indefinições atleticano.

E a maior das incertezas é justamente em relação ao comando do time. Oswaldo de Oliveira, quando substituiu Rogério Micale, em 25 de setembro, assinou um contrato até o final do ano que vem.

Mas isso não afasta o fantasma de Cuca da Cidade do Galo. Demitido do Palmeiras no início do mês, o treinador campeão da Libertadores de 2013 está livre no mercado. E ele é um sonho atleticano.

A sequência de Oswaldo de Oliveira está diretamente ligada ao final de temporada que o Atlético fizer, embora isso também não seja uma certeza, pois haverá mudança na diretoria do clube.

Haverá eleição presidencial em dezembro e Daniel Nepomuceno, embora pudesse concorrer à reeleição, não participará do pleito, que tem o advogado Sérgio Sette Câmara, candidato da situação, como favorito por receber o apoio do ex-presidente Alexandre Kalil.

No clássico deste domingo, os dois rivais entram em campo com objetivos diferentes, mas que para serem alcançados dependem muito dos três pontos no confronto do Gigante da Pampulha.

Mandante, além de defender uma invencibilidade de quase cinco meses sem derrota no Mineirão, o Cruzeiro ainda busca, pelo menos, o vice-campeonato brasileiro, já que o título é difícil pela diferença de 12 pontos em relação ao líder Corinthians com apenas 27 a serem disputados.


Com a conquista da Copa do Brasil, o Cruzeiro já está na fase de grupos da Libertadores 2018. Mas o vice-campeonato brasileiro pode render ao clube quase o dobro em premiação.

A CBF liberou na última quinta-feira os valores que os 16 primeiros colocados da Série A receberão. O vice-campeão embolsa quase R$ 11,4 milhões. A conquista da Copa do Brasil valeu ao Cruzeiro R$ 6 milhões.

O quinto colocado, posição que a Raposa ocupa atualmente, leva cerca de R$ 4,1 milhões de premiação, uma diferença de quase R$ 7,3 milhões em relação ao segundo.

No Atlético, não é o dinheiro que garante a felicidade. O nome dela é libertadores. O clube está fora do grupo que garante vaga na competição de 2018 e precisa vencer neste domingo para não correr o risco de ver sua distância para o G-7 aumentar ainda mais.


Hoje, o Botafogo, que é sétimo colocado, tem seis pontos a mais que o Atlético. O Vasco, que é oitavo, já abriu quatro de frente.


Para não correr o risco de ver este cenário piorar, o time de Oswaldo de Oliveira precisa vencer o clássico deste domingo. O problema é que o desejo cruzeirense de subir na tabela também passa pelos três pontos. Emoção não vai faltar na Pampulha.

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