Gestão Nepomuceno é marcada por queda de técnicos após fracassos em campo

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
26/11/2016 às 11:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:49
 (Bruno Cantini)

(Bruno Cantini)

Se treinador vive de resultados, como afirma a máxima do futebol brasileiro, a gestão Daniel Nepomuceno tem levado a regra a cabo no Atlético. Determinado a encerrar o mandato com ao menos um título de expressão, o presidente alvinegro está ficando marcado pelas trocas de técnicos após os fracassos do time dentro de campo.

A derrota por 3 a 1 para o Grêmio, no jogo de ida pela final da Copa do Brasil, custou o cargo a Marcelo Oliveira. Antes, no primeiro semestre, o uruguaio Diego Aguirre já havia caído logo após a eliminação nas quartas de final da Copa Libertadores, diante do São Paulo. E, no ano passado, quando o Galo perdeu a chance de ser campeão brasileiro, o mesmo acontecera com Levir Culpi.

Agora, caberá ao gaúcho Diogo Giacomini, responsável pela equipe Sub-20 do Atlético, a responsabilidade de reverter a vantagem do Tricolor no confronto de volta da decisão, na próxima quarta-feira, às 21h45, em Porto Alegre.

Assim, o título que provoca tanta ansiedade no dirigente pode vir pelas mãos de um interino. Considerando a outra passagem de Giacomini – também treinou o time principal após a demissão de Levir –, foram cinco comandos diferentes em um ano e onze meses. Ou seja, uma troca a cada 4,6 meses em média.

Para efeito de comparação, a longevidade dos treinadores foi quase duas vezes maior na gestão anterior, durante os dois mandatos de Alexandre Kalil (entre agosto de 2008 e dezembro de 2014), com uma média de 8,3 meses. Muito em função da permanência de Cuca entre agosto de 2011 e dezembro de 2013.

No período, oito técnicos passaram pelo clube (Marcelo Oliveira, Emerson Leão, Celso Roth, Vanderlei Luxemburgo, Dorival Júnior, Cuca, Paulo Autuori e Levir Culpi), além do interino Rogério Micale.

Foco na decisão

Aos 37 anos, Diogo Giacomini sabe que seria um exagero sonhar com a efetivação. Ainda assim, se sente qualificado e se espelha em Ney Franco para alcançar a taça e alavancar a carreira.

“Tivemos esse exemplo. Ele foi contratado pelo Flamengo (em 2006), jogou somente a final da Copa do Brasil contra o Vasco e ganhou”, lembrou o interino. “Mas eu não estou pensando nisso no momento, e sim em manter o foco no que eu posso fazer, no trabalho de campo contra o Grêmio”, acrescentou.

Além da final, Giacomini comandará o Galo nas rodadas finais do Brasileirão, contra São Paulo e Chapecoense. Diante do Tricolor, neste domingo, os titulares serão poupados.

“Conheço os jogadores e acompanho o dia a dia do trabalho, então a ideia é que a gente consiga fazer ajustes e a equipe se apresente bem nesses jogos. O grupo ainda acredita, o clube acredita, e nós vamos buscar o título”, concluiu.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por