(Reprodução/Internet)
Gols contra de sobra também fora dos gramados russos. No que é a Copa de maior impacto mediático, considerando os veículos tradicionais e as redes sociais, não faltaram exemplos lamentáveis e indignos da maior competição do futebol mundial, conhecida por integrar os povos e pelo caráter festivo nas arquibancadas e nos locais de concentração de torcedores. Os animados mexicanos fizeram sua federação ser punida com multa de 10 mil francos suíços (cerca de R$ 40 mil) por se referirem aos alemães como "putos" – a Fifa havia confirmado tolerância zero quanto a qualquer manifestação homofóbica, discriminatória ou xenófoba.
Xenofobia não faltou ao sempre polêmico tablóide britânico The Sun que, em sua capa de terça-feira, estampou que os ingleses enfrentariam “um país que deu ao mundo Shakira, bom café e algo que...”, para completar com a manchete “Go Kane”, um trocadilho com o sobrenome de seu artilheiro e ‘cocaine’ (cocaína) – alusão à droga cultivada no país sul-americano. Provocação que valeu protesto diplomático das autoridades colombianas.
Péssimo exemplo também dos brasileiros: o youtuber e ‘influenciador digital’ Julio Cocielo se valeu de uma comparação no mínimo infeliz diante da correria da estrela francesa Mbappé na estreia francesa. “Mbappé conseguiria fazer uns arrastão (sic) top na praia, hein”, postou no Twitter. Diante das manifestações de internautas de todo o país, o texto foi apagado e o pedido de desculpas não evitou o rompimento de contratos publicitários com multinacionais.
Feio também fizeram os torcedores que resolveram gravar em vídeo a “brincadeira” feita com as russas que, sem saber, repetiam frases de cunho sexista e com forte conotação machista. Algo que sobrou com o torcedor, provavelmente russo, que tentou, ao vivo, beijar a repórter Júlia Guimarães, do Sportv – apesar do choque, ela conseguiu manifestar a indignação em inglês e afastar o ‘engraçadinho’.