GP de Mônaco e 500 Milhas de Indianápolis: dobradinha de tradição nas pistas

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
24/05/2018 às 21:21.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:15
 (Andrej Isakovic/AFP e Team Penske/divulgação)

(Andrej Isakovic/AFP e Team Penske/divulgação)

Difícil, e até fora de propósito classificar qual das duas é mais importante e representativa. Para o fã do automobilismo mundial, o GP de Mônaco e as 500 Milhas de Indianápolis têm destaque semelhante. Tanto mais pelo fato de serem disputadas no mesmo dia (tradicionalmente o último domingo de maio).

As provas válidas pela sexta etapa tanto do Mundial de Fórmula 1 (às 9h, de Brasília) quanto da Fórmula Indy (12h) são tão grandes quanto os respectivos campeonatos. Capazes de consagrar lendas e contar histórias únicas de talento sobre quatro rodas. E com galerias de vencedores que mostram os brasileiros em posição relevante.

Pois pensar nas estreitas ruas do Principado (com apenas 3.337m de extensã0 e curvas de nomes lendários como Rascasse, Tabac e Saint-Devote) é falar nas seis vitórias de Ayrton Senna, até hoje o mais perfeito intérprete de um desafio que, nas palavras de outro tricampeão, Nelson Piquet, é comparável a “andar de moto na banheira de casa”.

O primeiro dia de treinos para o GP desse ano (sem brasileiros depois de 39 anos) sugeriu equilíbrio entre Mercedes, Ferrari e Red Bull, o que pode tornar a qualificação de amanhã ainda mais emocionante e decisiva. A prova marcará a estreia dos compostos de pneus hipermacios, identificáveis pela faixa rosa na lateral.

Leite e milhões
Do outro lado do Atlântico, a pole para as 500 Milhas ficou mais uma vez com o norte-americano Ed Carpenter, mas dificilmente será ele a beber o leite oferecido ao vencedor, algo que Emerson Fittipaldi fez duas vezes, Gil de Ferran e Tony Kanaan uma e Hélio Castroneves três. O paulista da equipe Penske trocou a Indy pela endurance, mas não ficou fora do “maior espetáculo do automobilismo”, colocando o carro 3 na oitava posição entre os 33 que largam.

Tony é o 10º no grid, logo à frente do estreante Matheus Leist, ambos com carros da equipe de A.J.Foyt, dono do recorde de vitórias (ao lado de Rick Mears e Al Unser Sr.) na prova que Helinho tenta igualar.

Ao longo dos mais de 800 quilômetros de prova a velocidades médias que superam os 350km/h, o desafio é escapar dos acidentes e contar com a eficiência dos mecânicos nos pitstops. A disputa se decide mesmo nas 50 voltas finais, quando os pilotos usam tudo que têm à disposição e trocam a “sobrevivência” pelo modo de ataque, em busca de uma premiação que supera os US$ 2,7 milhões (cerca de R$ 10 milhões) apenas para o vencedor.

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