(Mercedes AMG Petronas/divulgação)
Ele bem que tenta. Diz que a luta ainda está em aberto e não é hora de comemorar. Mas, no fundo, Lewis Hamilton sabe que o quarto título mundial, que o faria superar o ídolo Ayrton Senna, está mais do que nas mãos.
Falta apenas a certeza matemática, que só uma catástrofe pode tirar já no domingo, no GP do México, 18ª etapa da temporada. Afinal, o piloto da Mercedes nem sequer depende do resultado do rival Sebastian Vettel para fechar as contas com duas corridas de antecedência.
Mesmo que o piloto da Ferrari leve a melhor no Circuito Hermanos Rodríguez, o inglês de Stevenage precisa apenas dos 10 pontos de um quinto lugar (na prática, nove pontos bastariam).
Algo que ele conseguiu mesmo em seu pior GP no ano, no Azerbaijão, quando foi atingido pelo carro do alemão da Ferrari em um período de safety car; viu a proteção que envolve o cockpit se desprender e teve de fazer um pitstop extra para solucionar o problema.
Nos EUA, onde já havia a perspectiva de definição do campeonato, Hamilton mostrou estar mais concentrado do que nunca no objetivo, sem se deixar distrair, apesar de, por exemplo, ter levado o raio Usain Bolt para um passeio em alta velocidade a bordo de uma Mercedes AMG GT. Largou da pole (sua 72ª, recorde na categoria) e, se perdeu a posição para Vettel nos primeiros metros, precisou apenas de seis voltas para retomá-la num dos poucos duelos roda a roda entre os adversários no ano.
Mais batalhas
E pode soar curioso, mas o quase tetracampeão mundial diz que preferia lutar mais pela taça, além de sentir falta de disputas com ultrapassagens. “Pena que em Austin foi tão rápido. Queria estar envolvido em mais batalhas e acho que é algo em que a F-1 ainda precisa se aprimorar.
A coincidência interessante envolvendo a situação do piloto da Mercedes é de que ele já entrou na pista dependendo de um quinto lugar, e quase não conseguiu. Foi no GP do Brasil de 2008 (então a última prova do ano), em que Felipe Massa dependia de um final de semana perfeito e do azar do oponente para ficar com o título.
Massa foi preciso, venceu num domingo em que a chuva marcou presença e, por cerca de meia volta, chegou a ser campeão virtual, com Hamilton apenas em sexto. O inglês acabou herdando a posição de Timo Glock, que se manteve na pista molhada com pneus slick e rodou na Subida do Café. Por um ponto, a festa foi do visitante.
Se depender da estratégia de pneus, o britânico tem tudo para repetir a vitória do ano passado no México. Ele escolheu nove jogos do composto ultramacio, contra apenas sete de Vettel.
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