Ele conseguiu a façanha de ser campeão da Copa Libertadores como jogador e treinador, com a mesma camisa. Agora, tem a chance de fazer o mesmo no Mundial Interclubes. Ainda que o de 1983, diante do Hamburgo, fosse no formato anterior, apenas tolerado pela Fifa (o choque entre o melhor da América do Sul e o melhor europeu, no Japão) e o de agora envolva duas partidas.

A primeira hoje, às 15h (de Brasília), no Estádio Hazza Bin Zayed, em Al-Ain, Emirados Árabes. Renato Gaúcho comanda o Grêmio que faz uma das semifinais contra os mexicanos do Pachuca e, a seu estilo, não quer que o grupo tricolor pense numa eventual decisão com o Real Madrid. E ao mesmo tempo que mostra respeito pelo rival que o separa da final, sabe bem aonde quer chegar.

“Lógico que teremos pela frente um time de respeito, como todos os que estão aqui, eles certamente também pensam em ir além, mas estamos aqui para vencer e chegar à final. Passando, então pensaremos em quem formos enfrentar. Não vamos mudar nossa maneira de jogar, foi graças a ela que viemos até o Mundial. O grupo está unido, ansioso e pronto”, comentou o treinador, que tem um desfalque certo. Próximo de ser negociado, o meia Arthur sequer viajou com os demais jogadores – embora Renato tenha falado em Maicon (ex-Fluminense e São Paulo) como opção para a posição, Michel deve ser o escolhido para completar o meio-campo.

A criatividade e a velocidade para superar a marcação dos mexicanos fica, mais uma vez, a cargo de Luan, que deve ser o jogador mais vigiado; Fernandinho e do paraguaio Lucas Barrios.

Confiança
Mesmo tendo sofrido para bater o Wydad Casablanca no primeiro confronto, o Pachuca fala em encarar o tricolor gaúcho de igual para igual. Entre as caras conhecidas no time treinado pelo uruguaio Diego Alonso, a principal é a do lateral/volante japonês Keisuke Honda, com passagens pelo futebol italiano e titular de sua seleção no Mundial de 2014.

No ataque, a esperança de gols é o também uruguaio Jonathan Urretaviscaya. Estamos em condições de igualdade, não tem desculpas. A vontade não se negocia e a fome de vencer tampouco”, garantiu.

Alonso é mais contido e lembra que, diferentemente do rival, não teve nenhum tempo para descanso e preparação específica. Ainda assim, espera dar trabalho: “Trata-se de um jogo complexo diante de um rival forte, que há 15 dias ganhou a Libertadores. Eles têm a chance de vir descansados, mas são as regras do jogo. Nós temos que saber competir diante das dificuldades e é o maior valor que temos como time”, avaliou.
Com France Presse

Grêmio
Marcelo Grohe; Edilson, Kannemann, Geromel e Cortez; Ramiro, Jaílson, Michel e Luan; Fernandinho e Lucas Barrios
Técnico: Renato Gaúcho

Pachuca
Óscar Pérez; Guzmán, Murillo, Herrera e Honda; Sagal, García, Aguirre e Hernández; Jonathan e Martínez
Técnico: Diego Alonso

Estádio: Hazza Bin Zayed (Al-Ain). Horário: 15h (de Brasília). Arbitragem: Felix Brych, auxiliado por Mark Borsch e Stefan Lupp (trio da Alemanha). TV: Globo, Sportv, Fox Sports

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