Guaratinguetá vai herdar a última piscina utilizada na Olimpíada do Rio-2016

Estadão Conteúdo
20/11/2016 às 08:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:44

Ficará em Guaratinguetá a última das cinco piscinas adquiridas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio. A cidade do Vale do Paraíba, localizada a 175 km de São Paulo, foi a escolhida pelo Ministério do Esporte e pela Universidade da Força Aérea (Unifa) para herdar uma das estruturas provisórias montadas pelo governo federal para os atletas do Rio-2016. Se não houver mudanças de planos, Manaus (AM), Salvador (BA), o Parque Madureira e o bairro de Campo Grande, respectivamente nas zonas Norte e Oeste do Rio, ficarão com as demais piscinas.

A piscina que vai para Guaratinguetá foi adquirida pela Unifa junto às que irão para Manaus e Salvador, com recursos oriundos do Ministério do Esporte. O convênio, no valor de R$ 17,8 milhões, contempla a montagem no Rio, a desmontagem e a remontagem das três até agosto de 2017. Só o transporte a partir do Rio não entra na conta.

Se o governo do Amazonas e a prefeitura de Salvador se comprometeram em arcar com os custos da locomoção de sete contêineres, no caso de Guaratinguetá, localizada à beira da Rodovia Presidente Dutra, a própria Aeronáutica vai se responsabilizar. Isso porque a piscina vai ficar dentro da Escola de Especialistas de Aeronáutica, maior complexo de ensino técnico da Força Aérea Brasileira (FAB)". Em 75 anos, já passaram por lá cerca de 72 mil sargentos.

Ainda de acordo com a Aeronáutica, a piscina será disponibilizada à população por meio de convênio com entidades esportivas da cidade e da região. Ali, desde 2014, já funciona um núcleo do Projeto Segundo Tempo - Forças no Esporte, iniciativa conjunta dos ministérios da Defesa e do Esporte. Atualmente, 500 crianças da rede pública de ensino de Guaratinguetá desenvolvem atividades musicais e esportivas na Escola de Especialistas.

Guaratinguetá já tem uma das melhores piscinas semi-olímpicas (25 metros) do País, mas ela é privada. Fica no Itaguará Country Clube, onde aconteceu o Troféu José Finkel de 2014. O equipamento que chegará no ano que vem, entretanto, é da medida olímpica, de 50 metros, ainda que, durante o Rio-2016, tenha sido montado num tamanho menor, adaptado à necessidade e ao espaço. Serviu para o aquecimento dos atletas de polo aquático e nado sincronizado, dentro do Parque Aquático Maria Lenk.

As outras duas piscinas da Unifa têm a medida olímpica, de 50 metros, e ficaram instaladas provisoriamente dentro de um galpão do Parque dos Atletas, centro de treinamento montado na Cidade do Rock, também na Barra. Em Manaus, a piscina vai ficar na Vila Olímpica da capital amazonense, perto da Arena da Amazônia. A prefeitura de Salvador ainda não anunciou onde instalará a dela, só que o medalhista olímpico Edvaldo Valério será o responsável pela administração.

Já as piscinas do Estádio Aquático, onde ocorreram as provas de natação, têm seu futuro novamente incerto. Elas pertencem à prefeitura do Rio e chegaram a ser colocadas à disposição de outros estados em chamada pública aberta pelo Ministério do Esporte. Quem quisesse o presente, deveria pagar desmontagem, transporte e remontagem. Ninguém se interessou.

O ministério cancelou o edital e, em agosto, após a Olimpíada, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, anunciou que as aproveitaria na própria cidade. Uma iria para o Parque Madureira, outro para um parque aquático a ser construído em Campo Grande. Uma licitação está aberta para definir a empresa que fará o serviço os serviços de desmontagem, transporte e remontagem. A gestão de Paes, porém, não comenta mais o caso. A decisão final sobre o destino das piscinas, afinal, caberá ao prefeito eleito, Marcelo Crivella, que ainda não disse se vai levar adiante o plano do antecessor.
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