Guia da Copa #11: Lá vão eles de novo

Frederico Ribeiro e Cristiano Martins
Hoje em Dia - Belo Horizonte
05/06/2018 às 22:07.
Atualizado em 03/11/2021 às 03:26

Durante 50 anos, metade do território germânico permaneceu sob domínio soviético. Muro de Berlim derrubado, chegou a hora do troco na geopolítica pós-guerra, com os visitantes usando uma de suas melhores armas: o futebol no qual, conforme o ditado, “são 11 contra 11 e, no fim, ganha a Alemanha”.

Comandada por dois personagens embalados pela busca de recordes em Copas (o técnico Joachin Löw e o atacante Thomas Müller), a atual campeã defende o título conquistado no Brasil e sonha com o penta, justamente o último argumento canarinho para rebater os 7 a 1 sofridos no Mineirão.

O treinador disputará o terceiro Mundial da carreira. E, se vencer, igualará o italiano Vittorio Pozzo, até hoje o único comandante bicampeão do torneio (1934 e 1938). 

Löw dirige uma mescla de gerações. Das edições anteriores, seguem na formação principal destaques como Özil, Khedira, Kroos e Müller. Os três primeiros terão a missão de municiar o “peladeiro” do Bayern de Munique e ajudá-lo a virar o maior artilheiro da história das Copas. 

Autor de dez gols em 2010 e 2014, o camisa 13 tentará manter a média para empatar com Ronaldo Fenômeno (15) e, quem sabe, até alcançar o compatriota e recordista Miroslav Klose (16).

Mesmo após a campanha irretocável nas Eliminatórias Europeias, Löw terá de driblar a pressão da imprensa alemã por não ter convocado Leroy Sané. Destaque no Manchester City, o ponta é uma das revelações da nova safra que pouco a pouco vai ocupando as lacunas deixadas por Schweinsteiger, Lahm e o próprio Klose, já aposentados da Nationalelf.

Franca favorita no Grupo F, a líder do ranking da Fifa verá Coreia do Sul, México e Suécia batalhando pela segunda vaga – posição que deverá ter o Brasil pelo caminho nas oitavas de final.

Nessa disputa, os Tigres da Ásia contam com uma estrela do futebol europeu para avançar e ao menos repetir a segunda melhor campanha da história (2010). O meia Son Heug-Min (Tottenham) “carrega o piano” de uma equipe cujos principais coadjuvantes são Hwang Hee-chan (Red Bull Salzburg) e Ki Sung-yueng (Swansea).

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