Há 45 anos, Atlético fazia 1 a 0 no Botafogo e ganhava o título do Brasileiro de 1971

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
19/12/2016 às 09:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:08

O Brasil vivia tempos de Ditadura e de encanto pelo futebol, pois a Seleção tinha conquistado no ano anterior, no México, o primeiro tricampeonato mundial, com aquela que é considerada até hoje a maior equipe de todos os tempos. Pode parecer estranho, mas os dois fatos têm ligação direta com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1971 pelo Atlético, que completa hoje 45 anos.

A competição contou com todos os 22 jogadores que participaram da Copa do México. E começou com uma lista de favoritos recheada por esquadrões, como o Santos, de Pelé, o Botafogo, de Jairzinho, o Corinthians, de Rivellino, o Cruzeiro, de Tostão, o São Paulo, de Gérson, isso sem falar no Palmeiras, de Ademir da Guia.

Mas quem levantou a taça foi o Atlético, comandado pelo técnico Telê Santana. Com um time de um futebol solidário, mas também ofensivo, ele conseguiu desbancar adversários com um poder individual maior, mas sem a mesma capacidade de praticar um jogo coletivo como aquele Atlético tinha.

Resposta
Entre os 23 jogadores escalados por Telê Santana na campanha do título, é impossível tirar do centroavante Dario o protagonismo. Além de ser o artilheiro da competição, com 15 gols, ele balançou as redes em momentos decisivos muito antes do gol do título, sobre o Botafogo, no Maracanã.

Para o folclórico jogador, as duas conquistas, o título e a artilharia, tiveram um sabor de resposta.

Em 1970, ainda com João Saldanha de treinador da Seleção Brasileira, o presidente Emílio Garrastazu Médici sugeriu a convocação de Dario ao técnico.

Com seu estilo polêmico, João Saldanha respondeu que o “presidente cuidava do ministério e ele, da Seleção”.

Após a queda de Saldanha, em março de 1970, ficou sempre no ar a suspeita de que ela tinha acontecido, também, por causa do episódio com o presidente.

No Brasileirão de 1971, Dario provou que não precisava de padrinho para defender a Seleção. Era sim, na época, o maior artilheiro do país.

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