História, política e trauma são os enredos da decisão entre Cruzeiro e Palmeiras

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
25/07/2017 às 19:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:45
 (Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

(Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

O Cruzeiro x Palmeiras desta quarta-feira (26), às 21h45, no Mineirão, partida de volta pelas quartas de final da Copa do Brasil, vale muito mais que apenas uma vaga nas semifinais da competição para a Raposa. O desempenho dos comandados de Mano Menezes vai interferir na história e até mesmo na política do clube, que vive um processo eleitoral para a sucessão do presidente Gilvan de Pinho Tavares, em pleito marcado para o mês de outubro.

Pela 17ª vez o Cruzeiro disputa um confronto de volta de um mata-mata no novo Mineirão considerando-se competições estaduais, nacionais e internacionais.

O retrospecto é favorável, mas a história não. Desde a reinauguração, em 2013, o Gigante da Pampulha, que foi um aliado no histórico bicampeonato brasileiro, em 2013 e 2014, tem sido palco de decepções nos momentos mais importantes do Cruzeiro em torneios com o formato de mata-mata.

Nas duas Libertadores que o clube disputou, a eliminação aconteceu nas quartas de final e dentro do Gigante da Pampulha. Em quatro confrontos de mata-mata diante do rival Atlético, com a volta disputada no Mineirão, alcançou sucesso apenas uma vez, com três fracassos.

O mais sentido deles a perda do título da Copa do Brasil de 2014 na decisão mineira do torneio.
Além disso, o Cruzeiro vem buscando nessa Copa do Brasil, já que está fora da Sul-Americana, encerrar o seu segundo maior jejum sem títulos de copas na Era Mineirão, iniciada em 1965.

Desde então, o maior período do Cruzeiro sem ganhar uma copa nacional ou internacional foi de 15 anos, entre a conquista da Libertadores de 1976 e da Supercopa de 1991.

Agora, a Raposa já soma 14 anos sem vencer uma competição com esse formato, pois sua última conquista foi a Copa do Brasil de 2003. Se cair diante do Palmeiras, nas quartas de final da segunda competição nacional em importância, o Cruzeiro completa no ano que vem as duas décadas e meia vivida entre 1976 e 1991.

ELEIÇÕES
Fora de campo, a sequência do Cruzeiro na Copa do Brasil influirá, com certeza, na política do clube, que está fervendo com a eleição de outubro.

Com uma divisão que há muito tempo não se via no Cruzeiro, uma das principais críticas da oposição à gestão de Gilvan de Pinho Tavares é pelo desempenho ruim do time nas últimas três temporadas, considerando-se a atual.

Uma eliminação nesta quarta-feira, com certeza, se transformaria em mais um elemento de pressão sobre a chapa da situação, apoiada pelo presidente. Por outro lado, a classificação daria fôlego ao candidato de Gilvan de Pinho Tavares.Editoria de Arte/Hoje em Dia

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