A luta do ex-atacante Renaldo, ídolo da torcida atleticana na década de 1990, atualmente é bem diferente daquela travada dentro das quatro linhas enquanto jogador profissional. Aposentado há cinco anos, o artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1996, quando marcou 16 gols com a camisa alvinegra, há cinco meses dedica o tempo para acompanhar o filho, diagnosticado com câncer, nas sessões de quimioterapia. 

Com a mesma humildade dos tempos em que era idolatrado, Renaldo, de 47 anos, não perde a fé em mais uma vitória pessoal e, mesmo com esta batalha pela vida do herdeiro, atendeu a reportagem do Hoje em Dia para falar do duelo entre Atlético x Paraná, válido pelas semifinais da Primeira Liga, marcado para este sábado (2), às 19h, no Independência. O Tricolor, inclusive, foi outro clube em que o ex-atacante fez história. Lá, ele foi vice- artilheiro do Brasileirão de 2003, com 30 tentos anotados, um a menos que o artilheiro Dimba, na época jogador do Goiás.

"Eu sou sempre lembrado pelas duas torcidas. A do Galo tem um carinho muito grande por mim e eu da mesma forma por eles. Tenho uma história muito bonita no clube. Fiquei pouco tempo no Paraná, mas tenho uma história também muito bonita lá, pois sou o maior artilheiro da equipe no Campeonato Brasileiro e a torcida, assim como a atleticana, tem um respeito muito grande por mim", comenta Renaldo.

Sobre para quem torcerá no confronto decisivo da competição regional, o qual vale vaga na final, o ex-atacante não faz corpo mole e é enfático: torcerá pelo Atlético.

"Meu coração não está dividido. Quando jogaram pela Copa do Brasil no Paraná, eu torci por eles (donos da casa). Agora, com o jogo em Minas Gerais, é claro que eu vou torcer para o Galo. Espero que seja um grande jogo", afirma.

Apesar de não sentir saudades dos tempos em que vivia para balançar as redes, o ex-comentarista de TV se emociona quando o assunto é um certo narrador de rádio, que marcou sua tragetória no futebol: o saudoso Willy Fritz Gonser, ex-narrador da Rádio Itatiaia, que morreu há dez dias, ainda mexe com o coração do "Baiano que veio do Paraná".   

"O Willy Gonser é um monstro. Fico muito feliz de ter feito parte desta história; Ele narrava meus gols e me chamava de "o Baiano que veio do Paraná". Para mim é uma satisfação muito grande fazer ter tido meus gols narrados por ele. Foi uma perda muito grande. Guardo muitas lembranças boas dele", finaliza.

Números de Renaldo pelo Atlético:

Jogos: 183
Gols: 79
Vitórias: 89
Empates: 38
Derrotas: 56
 

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