A crise entre o brasileiro Hulk e seu técnico no Zenit, o italiano Luciano Spalletti, ficou evidente na última terça-feira, na vitória do time russo sobre o Milan por 1 a 0, na Itália, pela Liga dos Campeões da Europa. Após ser substituído, o atacante reclamou muito com o treinador, chegou a fazer gestos e disse "acabou" algumas vezes.
Mesmo mais calmo após a partida, Hulk manteve a insatisfação e disse que deixará o Zenit se sua relação com Spalletti não melhorar. "Me sinto bem em São Petersburgo e minha família e filho estão felizes também. Mas se minha situação com o Luciano Spalletti não melhorar, devo sair em janeiro", declarou, em entrevista ao site Premium Calcio.
Hulk chegou ao Zenit em setembro, após ótima passagem pelo Porto, e custou cerca de 50 milhões de euros (R$ 128 milhões) aos cofres do clube russo. Os valores desembolsados e o salário pago ao jogador revoltaram alguns atletas que já estavam na equipe e a torcida, que chegou a protestar contra o brasileiro.
Após a partida de terça-feira, Spalletti havia amenizado e considerado normal a reclamação de Hulk ao ser substituído. No entanto, ao ser informado que o brasileiro havia ameaçado deixar o clube por conta da relação entre eles, o treinador perdeu a calma e também demonstrou insatisfação.
"Ele pode dizer o que quiser. Ele pode estar desapontado, mas se eu o substituí é porque não estou satisfeito com o desempenho dele. Ele disse que quer ir embora? Então não sei o que fazer sobre isso, porque sei que vou ficar aqui", afirmou.
Sobre sua possível saída do Zenit, Hulk disse que ainda não pensa em um destino, mas deixou em aberto a possibilidade de atuar na Itália. "Não sei se meu destino seria a Itália, tudo pode acontecer."