Integrantes do time bicampeão da Libertadores lembram com carinho de conquista histórica

Guilherme Guimarães e Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
11/08/2017 às 19:46.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:03
 (Arquivo Hoje em Dia)

(Arquivo Hoje em Dia)

Uma emoção especial, um momento único para carreiras consolidadas ou que ainda iriam bem mais longe. Assim os jogadores que integraram o grupo celeste bicampeão da Copa Libertadores, em 1997, falam da conquista, 20 anos depois. Os episódios da sofrida e vitoriosa campanha estão bem vivos na memória, assim como a gratidão pela torcida e pelo clube permanecem.

Artilheiro da competição mesmo tendo chegado do PSV Eindhoven, da Holanda, apenas a tempo das oitavas de final, o ex-atacante Marcelo Ramos lembra de um momento em especial: a partida de volta das semifinais, contra o Colo Colo, no Chile, em que os jogadores estrelados tiveram que lutar contra a catimba e as provocações dos donos da casa e a pressão dos mais de 50 mil torcedores em Santiago.

"Nós superamos aquele momento difícil e mostramos que o grupo estava unido de verdade, que éramos guerreiros. Foi um título de muito sacrifício, e é gratificante saber que fazemos parte da história do clube com uma conquista tão marcante, que veio depois de 21 anos de espera. É um privilégio ter vivido essa história", diz o baiano.

Palavras semelhantes à de Nonato, não apenas o responsável pela cobrança do escanteio cujo rebote foi parar nos pés de Elivélton, na decisão, mas considerado o motorzinho do time. "O momento que mais me marcou foi a primeira partida contra o Grêmio, no Olímpico, pois precisávamos ganhar lá e era algo que o Cruzeiro não fazia havia décadas. Foi muito emocionante. Fico feliz por ser lembrado na história de um time com a grandeza e a tradição do Cruzeiro", comenta o ex-lateral esquerdo.

Expulsão
O então atacante Cleison é outro que se emociona ao lembrar da trajetória rumo ao título e depois de tanto tempo só lamenta que o estopim curto tenha custado a ausência no segundo jogo da decisão – caiu na pilha dos peruanos e acabou expulso em Lima. "Teve muita confusão e eu, que não sou de pipocar, acabei entrando na briga. Mas jogamos muito bem lá, conseguimos um empate importante. Foi dificílimo, se final de Libertadores hoje é pegada, imagina há 20 anos. E muita gente fala que enfrentamos um adversário sem tradição, mas, naquela época, era totalmente diferente. Fico feliz e emocionado ao ser lembrado pela conquista".

Capitão e responsável por levantar a taça diante de um Mineirão azul, Wilson Gotardo lembra de um aspecto determinante na campanha: "a conquista do modo que foi, tendo que arrancar a classificação na casa dos adversários, foi ainda mais emocionante. Foi um privilégio escrever essa história no Cruzeiro, uma conquista fantástica, a torcida vibra muito com isso, sou grato ao Cruzeiro. Quando vejo imagens da nossa campanha, a emoção bate forte no coração". 

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