Interino do Atlético, Thiago Larghi diz 'estar' técnico e conta sobre a trajetória de 14 anos

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
16/02/2018 às 18:21.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:24
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

A tentativa de virar um jogador profissional esbarrou, como o próprio disse, na "pouca técnica". A bola foi trocada pela prancheta, e Thiago Larghi, 37, chega ao ponto mais alto da trajetória no futebol, ao ser escolhido como substituto, mesmo que provisório, de Oswaldo de Oliveira no Atlético. Estudando sobre o esporte desde 2003, Larghi terá o segundo desafio no cargo atual diante do América, neste domingo.

Nesta sexta-feira, concedeu entrevista coletiva na Cidade do Galo. Os assuntos mais abordados foram a oportunidade que ele tem no Galo. E deixou claro que se tornar treinador efetivo - do próprio Atlético - é um assunto para depois. O pensamento é vencer o Coelho domingo, numa situação no quel ele "está" técnico do clube mineiro.

"Falando de momento, meu momento é de "estar" técnico, e não de "ser" o técnico. É um trabalho ainda como auxiliar. O que foi pedido foi para a gente comandar esse jogo e meu foco ainda é estritamente no jogo de domingo", disse Larghi.

Com cursos na UEFA e na CBF, estágio no Bayern de Guardiola, membro da comissão técnica da Seleção Brasileira na Copa de 2014 - analista de desempenho - Thiago contou sobre a caminhada profissional. Conheceu o espião da Seleção Brasileira, Jairo Santos, famoso por observar os adversários do Brasil durante as Copas de 1978 a 2006, e o olheiro virou seu "mentor". Conheceu Oswaldo de Oliveira no Botafogo, e seguiu com ele para o Corinthians, até chegar ao Galo.

"Em 2003 fiz o curso da Associação Brasileira de Treindores, e conheci o Jairo dos Santos, que foi observador da Seleção em oito Copas do Mundo, entre 1978 e 2006. É um estudioso do futebol, um dos homens mais inteligentes do futebol brasileiro, o que mais estuda, o que mais pesquisou até hoje e a minha linha de pesquisa partiu muito dele", explicou Larghi.

ESTILO
O treinador interino do Atlético se diz adepto de uma escola mais defensiva de jogar futebol, mas também citou o DNA do Galo como sendo de futebol ofensivo. Buscará o equilíbrio entre as duas coisas. Perguntado sobre referências, citou o Milan de Arrigo Sacchi, que fez história na Europa ao vencer a Champions League em 1989 e em 1990. Somente o Real Madrid em 2016 e 2017 conseguiu o bicampeonato europeu desde Sacchi. 

"Sempre estudei e tentei entender e compreender o jogo. Um esporte que brilha aos nossos olhos. A gente vê isso com muito gosto. Desde o surgimento do Guardiola, mas também equipes defensivas e organizadas, como o Milan do Arrigo Sacchi. Uma equipe que procurei estudar bastante, apesar de ter visto pouco ao vivo. E o Carlos Alberto Parreira, que organizou o futebol brasileiro em determinado momento. Além do Felipão, que também teve enorme contribuição em 2002. E o Guardiola, em especial, com o futebol ofensivo do Barcelona. Acho que essa é a minha linha, o que eu sigo, onde tento pegar os princípios. E não posso deixar de falar do futebol do Tite". 

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