Intrigas pessoais colocam Raposa a perigo em 2018

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
24/11/2017 às 10:42.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:52

Dois anos ruins dentro de gramado, 2015 e 2016, sem títulos e luta para fugir do rebaixamento no Campeonato Brasileiro. Quando as coisas pareciam tomar um rumo melhor dentro das quatro linhas, um “tsunami” de confusões tomou conta dos bastidores do Cruzeiro.

O último capítulo, pelo menos até esse momento, é o boletim de ocorrência registrado ontem por Bruno Vicintin, que acusa o futuro vice-presidente de futebol do Cruzeiro, Itair Machado, de tê-lo ameaçado de morte. 

O documento teve parte de seu conteúdo divulgado ontem nas redes sociais e a denúncia cita outros membros da diretoria celeste. Como por exemplo José Francisco Lemos, 1º vice-presidente da gestão Gilvan de Pinho Tavares, Ronaldo Granata, um dos cabeças da Chapa União, vencedora na eleição presidencial de outubro, ambos testemunhas, segundo Vicintin, da ameaça que o ex-dirigente sofreu.

Granata, ainda por cima, de acordo com o próprio Bruno, também teria sido ameaçado por Machado. Bem como o atual presidente Gilvan de Pinho Tavares. 

Acusações de ambos os lados foram feitas, e Itair também prometeu acionar seus advogados, processando Vicintin por calúnia e difamação. 

Briga antiga
Apesar do momento totalmente acirrado no clube, o princípio de toda a turbulência aconteceu antes mesmo do mês de março deste ano, quando Sérgio Santos Rodrigues, então superintendente de futebol, rompeu com Gilvan de Pinho Tavares e ofereceu apoio ao ex-presidente e então candidato à presidência Zezé Perrella.

De lá para cá, o Cruzeiro, pelo menos nos bastidores, não teve paz. Peças importantes no tabuleiro político do clube colocam a agremiação além das páginas esportivas. Tudo por causa das eleições que definiram o novo presidente em outubro, quando Wagner Pires de Sá, da chapa União, derrotou Sérgio Santos Rodrigues, indicado por Zezé Perrella para encabeçar a chapa Tríplice Coroa. 

Em busca de poder, dirigentes transformaram o Cruzeiro em um ‘mix da dramaturgia’, colocando o clube nas páginas policiais com casos que se desenrolam desde maio. Ex-presidente citado na Operação Lava-Jato, detenção de futuro presidente em suposta blitz falsa e ex-dirigente acusando futuro cartola de ameaça de morte. 

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