Janela de transferências pode diminuir ainda mais as diferenças na tabela do Brasileirão

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
27/06/2016 às 21:45.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:05
 (Ricardo Duarte/Internacional)

(Ricardo Duarte/Internacional)

O Atlético é o exemplo perfeito do que caminha para ser o Campeonato Brasileiro de 2016. Na zona de rebaixamento há quatro rodadas, três vitórias seguidas fizeram o Galo saltar do 18º para o 8º lugar.

Hoje, o time de Marcelo Oliveira mira é o G-4, pois o Corinthians, que abre este grupo, está apenas três pontos à frente. Mas sem deixar de olhar no retrovisor, pois o Botafogo, adversário da próxima quinta-feira, às 21h, no Mineirão, abre o Z-4 com quatro pontos a menos.

“Há um achatamento na classificação. É um pouco cedo ainda, mas pelo andar da carruagem, pode ser que este Campeonato Brasileiro seja sim o mais equilibrado dos últimos anos”, analisa Gilcione Nonato da Costa, professor do Departamento de Matemática da UFMG e que mantém o site Probabilidades no Futebol.

Das 11 edições do Brasileirão por pontos corridos, com 20 participantes, a de 2016 é a que tem a segunda menor diferença de pontos entre o 4º colocado, o último do G-4, e o 17º, o primeiro no Z-4, após 11 rodadas.

Apenas sete pontos separam o Corinthians (4º) do Botafogo (17º). Em 2007, a diferença era de 5 pontos, mas o campeonato acabou com o São Paulo sendo campeão disparado, repetindo o que já tinha feito no ano anterior.

“Em 2007, o São Paulo contava com uma grande base, que já tinha vencido a Libertadores e o Mundial, em 2005, e o Brasileiro, em 2006. Foi uma sequência. Este ano, não vejo uma equipe com tamanho potencial. Temos clubes com bons jogadores, como Palmeiras, Atlético, Grêmio, Santos, mas não sei se tão eficientes”, analisa Gilcione.

Janela

Além de não ver um time com uma força como a do São Paulo de 2007, o matemático ainda destaca outro aspecto que pode influenciar ainda mais no equilíbrio do Brasileirão.

“Estamos entrando no período de abertura das janelas de transferência para a Europa e mercados como a China. E os clubes que brigam na parte de cima da tabela têm os seus melhores jogadores cobiçados. Dependendo do que acontecer, o rendimento de um ou outro time pode ser prejudicado”, lembra o professor da UFMG.

Depois de inícios ruins, com passagens pela zona de rebaixamento, Atlético e Cruzeiro comemoram o equilíbrio, pois ele permite aos dois sonhar.

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