Janela indecente: os números do mercado da bola na Europa

Hoje em Dia - Belo Horizonte
25/07/2017 às 20:13.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:45
 (Fabrice Coffrini/AFP)

(Fabrice Coffrini/AFP)

Recessão? Crise? Preocupação com o cenário econômico? No futebol europeu são questões que não incomodam, a julgar pela movimentação do mercado na janela de transferências de verão.

Depois de uma temporada em que os chineses foram às compras e gastaram centenas de milhões de dólares – o que levou a federação local a barrar a farra, exigindo o pagamento de uma taxa de 100% do valor de cada negociação, o que será empregado para o desenvolvimento do esporte de base – as camisas mais pesadas voltaram a dominar o noticiário. Com números inéditos e impressionantes e um apetite que reflete a boa saúde financeira. E perspectiva de muito mais, a julgar pelas especulações e pelo prazo de mais de um mês ainda disponível.

Se o futuro de Neymar ainda é a vedete entre as negociações (a imprensa internacional tem buscado indícios de saída do Barcelona ou permanência no clube catalão a cada tuíte ou movimento nas redes sociais), ontem outro candidato a prodígio entrou no noticiário. Dono de uma trajetória meteórica que o levou à seleção francesa, o atacante Kylian Mbappé, de 18 anos, estaria próximo de trocar o Mônaco pelo Real Madrid, pela astronômica soma de 180 milhões de euros (cerca de R$ 660 milhões).

Apesar dos desmentidos do clube monegasco, o diário espanhol Marca assegura que as partes chegaram a um primeiro entendimento e restariam detalhes para bater o martelo. A mesma publicação lembra que o valor é apenas oito milhões de euros superior ao gasto pelos merengues para ter Cristiano Ronaldo e Bale juntos: seria, de longe, a maior transferência da história, desde que o PSG recue na intenção de pagar a multa de R$ 880 milhões estabelecida no contrato de Neymar. Os madrilenhos já haviam demonstrado sua força ao assegurar o futebol do promissor Vinícius Jr., do Flamengo, por 45 milhões de euros.

É bem verdade que os 12 vezes vencedores da Liga dos Campeões também engordaram os cofres, ao conseguir R$ 292 milhões com a venda de Morata ao Chelsea. Mas é justamente o Monaco o grande vendedor, ao menos por enquanto. Antes mesmo de se desfazer de sua joia, também cobiçada pelo Manchester City, foram cerca de R$ 523 milhões obtidos com as vendas de Bakayoko, Mendy e Bernardo Silva para o futebol inglês.

Italianos e alemães, ao menos por enquanto, estão mais modestos do que espanhois e ingleses. No calcio, a principal contratação apenas fez um dos melhores zagueiros do mundo trocar de cidade: Bonucci deixou a Juventus, de Turim, rumo ao Milan. O poderoso Bayern de Munique investiu R$ 151 milhões para tirar o meia francês Tolisso do Lyon, mas seu grande reforço, o colombiano James Rodríguez, chegou por empréstimo do Real Madrid. 

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