Judoca dá primeira medalha de ouro à Rússia na Olimpíada e desabafa sobre doping

Estadão Conteúdo
06/08/2016 às 23:06.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:13
 (WILLIAM VOLCOV/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

(WILLIAM VOLCOV/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)


A Rússia chegou ao Brasil para os Jogos Olímpicos do Rio envolvida na polêmica do doping. Muitos atletas foram proibidos de disputar a competição e houve bastante críticas à participação de alguns esportistas. Mas logo no primeiro dia de disputa de medalhas, neste sábado, o judoca Beslan Mudranov levou o ouro e desabafou. "Teve muita pressão psicológica a que fomos submetidos. Ganhar uma medalha no primeiro dia significa muito para o meu país", afirmou.


Ele fez uma competição impecável e, na decisão, superou Yeldos Smetov, do Casaquistão. Na categoria até 60 kg, o bronze ficou com o japonês Naohisa Takato e o usbeque Diyorbek Usozboev. O brasileiro Felipe Kitadai acabou caindo na repescagem. "Não poderíamos ser banidos. Não existe isso de expulsar um país inteiro", disse, enquanto seu treinador reclamava. "Vamos falar da conquista, ele acabou de ganhar uma medalha".

 
Mas Mudranov, por sua vez, mostrou mais tranquilidade para falar do assunto e festejou o fato de ter aberto a contagem para seu país. "Claro que no nosso país todos podem ganhar ouro. Não será o último que vamos ganhar. Quem veio está preparado e ninguém quebrou durante essa guerra psicológica. Estávamos treinando e comemoramos no dia em que a decisão foi anunciada", explicou.

 
O lutador de 30 anos também falou sobre o fato de gostar do Brasil. Ele é tricampeão europeu e foi vice mundial em 2014. "Estou muito feliz. Nunca imaginei viver isso aqui. Já estive algumas vezes no Brasil e os torcedores são fantásticos. Sei que são milhões de praticantes de judô no país e eles torcem muito. A atmosfera foi incrível", finalizou.

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