Leco explica declaração e confirma rompimento com as organizadas do São Paulo

Estadão Conteúdo
29/08/2016 às 11:42.
Atualizado em 15/11/2021 às 20:35
 (Rubens Chiri)

(Rubens Chiri)

O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, alegou ter sido mal interpretado quando disse no último domingo que não havia rompido com as torcidas organizadas. O dirigente reforçou o posicionamento do clube e assegurou que não tem qualquer aproximação com as uniformizadas.

Após a polêmica declaração de que não havia rompido com as torcidas organizadas do São Paulo, Leco, através de sua assessoria de imprensa, entrou em contato com o Estadão.com para explicar a declaração.

"Para esclarecer uma declaração dada por mim neste domingo, sobre a lamentável invasão praticada por integrantes de torcidas organizadas ao CT da Barra Funda, e que gerou dúvidas de interpretação, quero afirmar novamente que o São Paulo não poderia romper uma relação que não existe com as organizadas. Por isso, com o auxílio dos órgãos competentes, pretende a total responsabilização desses grupos pelos crimes cometidos na ocasião.", disse o dirigente.

Leco reafirmou ainda que não auxilia as organizadas com o fornecimento de ingressos ou qualquer outro benefício.

"O São Paulo reitera que não mantém nenhuma relação com as torcidas organizadas do clube desde o dia 6 de julho, após episódio de agressões e furtos cometidos por esses grupos contra torcedores dentro e fora do Morumbi, após jogo da Copa Libertadores. Desde essa data, o clube não mantém diálogo ou oferece ingressos, transporte ou qualquer outro tipo de ajuda financeira às organizadas. O posicionamento desta diretoria não mudou em nenhum momento e se manterá", explicou.

No último domingo, o presidente havia dito que não romperia com as organizadas, já que apenas uma minoria dos torcedores agia de forma errada.

"Eu não rompi com as organizadas. Nós modificamos a administração da relação com eles. Nas organizadas, a maioria é feita de bons e grandes são-paulinos, que temos profundo respeito. Uma ou outra figura, que se deixa influenciar por um comportamento tribal, não representa a maioria", disse, pouco antes da partida contra o Coritiba.

O discurso apresentado no domingo causou surpresa, já que em 8 de julho, depois de membros das organizadas criaram confusão na frente do Morumbi, após a derrota por 2 a 0 para o Atlético Nacional, pelas semifinais da Libertadores, o clube divulgou uma nota onde afirmava ter rompido com as uniformizadas.

"O São Paulo formaliza que não vai manter mais nenhum tipo de relação com as torcidas organizadas, em qualquer aspecto. Por fim, fará todos os esforços ao seu alcance, junto com as autoridades competentes, para assegurar que cenas lamentáveis como aquelas não se repitam, em respeito à história do Clube e à paixão dos torcedores", dizia o comunicado.

No último sábado, centenas de torcedores invadiram o treinamento do São Paulo no CT da Barra Funda para cobrar a diretoria e os atletas. Na confusão, os jogadores Carlinhos, Michel Bastos e Wesley foram agredidos.

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