(Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Oitavo jogador que mais atuou pelo Cruzeiro e com nove títulos com a camisa estrelada, Henrique vive indefinições para a próxima temporada.
A primeira delas é em relação à parte física. Na última sexta-feira (5), o volante foi submetido a uma cirurgia para a correção de uma lesão na cartilagem do joelho direito. O clube celeste não estipulou um prazo para o retorno do atleta às atividades com o restante do elenco.
Em outubro, o jogador havia passado por outra intervenção, no mesmo joelho, para tratar um problema no menisco.
Os procedimentos fazem com que Henrique complete, nesta segunda-feira, quatro meses longe dos gramados.
A última partida do volante pela Raposa foi no dia 8 de outubro de 2020. Na ocasião, a equipe celeste foi derrotada por 2 a 1 para o Sampaio Corrêa, no Mineirão, em duelo válido pela 14ª rodada da Série B.
No duelo em questão, o jogador iniciou a partida como titular e foi substituído aos 16 minutos do segundo tempo, por Jadsom Silva.
Futuro incerto
Com contrato com o Cruzeiro até o final de dezembro de 2021, Henrique, de 35 anos, não tem a permanência garantida no clube estrelado, quando se recuperar da lesão.
Com o salário acima do teto de R$150 mil, estipulado pela diretoria, o jogador, assim como outros companheiros na mesma situação, aceitou uma repactuação salarial, em que receberia o restante dos vencimentos a partir de 2021.
Com a permanência da Raposa na Série B, e consequentemente a ausência de receitas que times da elite do futebol brasileiro têm acesso, a cúpula celeste deve renegociar esses acordos.
Fato é, que além da questão financeira, o volante teve um rendimento aquém do esperado em seu retorno à Toca da Raposa II, em junho do ano passado, após um período emprestado ao Fluminense.
O jogador recebeu oportunidades com os técnicos Enderson Moreira e Ney Franco, atuando em oito partidas da Série B, sendo sete como titular.
Entretanto, assim como a maior parte da equipe celeste na época, Henrique não apresentou um bom futebol, sofrendo críticas de parte da torcida, que também lembrava do rebaixamento em 2019, em que o atleta esteve presente.
Diante desse cenário, fatores como problemas físicos recentes, idade avançada, salário alto e apresentações ruins nos últimos jogos em que esteve em campo, criam a interrogação sobre a possibilidade de o jogador ampliar a marca de 524 jogos com a camisa celeste.