A torcida do Atlético comemorou cinco vezes na noite desta segunda-feira (13), mesmo com a equipe marcando quatro gols contra o Tupi. A quinta comemoração, realizada entre o terceiro e quarto gols alvinegros, foi especial e até mais intensa num jogo tranquilo para o líder do Campeonato Mineiro.
Livre de um tratamento específico do joelho direito, que durou cerca de um mês e meio, Luan virou atração no Independência. Foi ovacionado quando entrou no gramado durante o intervalo para participar de uma roda de "bobinho" entre os reservas, teve o nome gritado por duas vezes no segundo tempo e levantou a Massa quando Roger Machado o chamou para substituir Otero, aos 64 minutos de jogo.
"Já vinham me alertado lá pelos 14 minutos( do segundo tempo) a torcida chamaria o nome do Luan. Ele tem um carisma muito grande com o torcedor porque tem característica de se entregar até a última gota dentro de campo. Foi especial colocá-lo para jogar, veio de um período de inatividade e vamos construindo esse lastro físico para ter continuidade", afirmou o técnico Roger Machado.
Por 26 minutos, os 13 mil atleticanos no Independência puderam matar a saudade de um dos mais queridos jogadores do elenco. O meia-atacante Luan fez a estreia na temporada, uma vez que foi cortado nos minutos anteriores ao jogo contra o América-TO, que abriu oficialmente a temporada 2017 no Galo. Agora, é entrar para não sair mais.
"Um mês parado para fortalecer bem e não machucar dentro de campo. Lógico que isso afeta nossa parte física, treinador é uma coisa, jogar é outra. Mas quero dar alegria ao torcedor atleticano, que sempre me apoia e dá carinho", disse Luan.
A energia transmitida pelo jogador foi novamente vista em campo. Mesmo com pouco tempo, Luan mostrou que a "maluquice" nunca se esquece. Ele comentou que pensava numa bronca de Roger Machado por ter atuado flutuando entre a ponta direita e o meio de campo, para dar combate. "Sempre vou jogar, não vou me esconder da partida, talvez o Roger tenha ficado bravo porque quer que a gente abra pra dar espaço e eu fiquei dando combate no meio. Mas é o meu estilo de jogo".
Mas Roger gostou de ver o jogador ajudando defensivamente. Afinal, Luan é um elemento único no elenco, capaz de dar suporte defensivo para peças do sistema de retaguarda alvinegro aparecerem lá na frente, como é o caso de Marcos Rocha.
"Contribuiu no processo defensivo, porque tem agressividade para retomar, se organiza rapidamente na retomada, serve de ponte para o Rocha chegar na linha de fundo e fazer jogadas ofensivas", afirmou o treinador, ciente da relação de idolatria da torcida atleticana com o camisa 27: