(Vipcomm)
O belo-horizontino Bruno Soares está em São José do Rio Preto (SP), com mais três tenistas brasileiros, na missão de fazer o país retornar ao Grupo Mundial da Copa Davis. A disputa da repescagem começa na sexta-feira e vai até domingo, diante da Rússia, na cidade onde ocorreu a vitória sobre a Colômbia, na fase anterior.
O mineiro leva novos ânimos à equipe. Na semana passada, sagrou-se campeão nas duplas mistas do US Open, Grand Slam disputado em quadras rápidas nos Estados Unidos. Agora, porém, tem que se readaptar ao saibro. “O título, com certeza, foi muito especial para mim, muito bacana. Dá uma confiança a mais, uma energia muito positiva”, destaca Soares.
“Copa Davis tem o lance de não jogar só por você, mas pelo país. Sempre ajuda vir numa fase boa. Além disso, temos o apoio da torcida. Estamos confiantes”, completa. O Brasil está afastado do Grupo Mundial desde a temporada de 2003, quando ainda contava com o ídolo Gustavo Kuerten.
Uma boa notícia agora é que os visitantes não terão o time principal. Desfalcada de Mikhail Youzhny e Nikolay Davydenko, seus dois melhores tenistas, a Rússia está escalada com Alex Bogomolov Jr. e Igor Andreev, além de Teymuraz Gabashvili e Stanislav Vovkov, anunciados ontem em substituição a Evgeny Donskoy e Andrey Kuznetsov, respectivamente. O Brasil tem, além de Soares, Thomaz Bellucci, Rogerinho e Marcelo Melo, também mineiro, que retoma a dupla com Soares.
quebra de jejum
Bruno é o primeiro brasileiro a conquistar um Grand Slam desde Guga em Roland Garros, em 2001. Além de quebrar o jejum de títulos, ele passou a figurar no seleto hall de tenistas nacionais, que conta com Maria Esther Bueno, Guga e Thomaz Koch, a vencer um Grand Slam.
Em Nova York, ele carregou o troféu junto com a russa Ekaterina Makarova, dupla formada quatro minutos antes do término da inscrição. Segundo o mineiro, a parceira australiana Jarmila Gajdosova havia caído no ranking mundial, o que a impediu de participar. Ao saber da situação, Bruno Soares correu atrás da russa e fez o convite. “Por acaso do destino, os ‘azarões’, como fomos chamados, deram certo. Fomos campeões. Um título inédito para os dois”, ressaltou.