Mesmo 52 anos depois, brasileiros ainda amargam bronze em Roma

Gazeta Press
11/09/2012 às 16:17.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:11
 (Divulgação/CBB)

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No dia 10 de setembro de 1952, o Brasil foi derrotado pela União Soviética na semifinal das Olimpíadas de Roma e perdeu a chance de disputar a medalha de ouro da competição. O resultado adverso, em uma partida bastante acirrada, ainda é lembrado como injusto pelos integrantes daquela seleção, que 52 anos depois ainda reclamam do erro da arbitragem.

"Lembro bem como a arbitragem tirou a medalha de prata do Brasil. Faltavam alguns segundos para terminar a partida, empatada em 62 a 62, e a lateral era nossa. Rapidamente o Amaury passou a bola para mim e eu ia fazer a bandeja, quando ouvi um dos árbitros apitar dizendo que a lateral era dos soviéticos. Uma decisão absurda da arbitragem. Foi assim que perdemos a chance de chegar à final”, lembra Wlamir, ao site da Confederação Brasileira de Basquete. Na final, o adversário seria os Estados Unidos, equipe forte, que dificilmente seria superada pelos brasileiros, mas, segundo eles, a medalha de prata seria mais marcante do que o bronze. “Seria bem difícil vencer os Estados Unidos, mas poderíamos ter conquistado a prata, o que seria um resultado bem melhor”, completou Wladir.   Não houve disputa da medalha de bronze. O Brasil terminou a competição empatado com o Itália na terceira colocação e ficou com a medalha por causa do resultado no confronto direto na primeira fase: 78 a 75, na prorrogação da partida.   “Ganhamos deles lá dentro do Palacete de Roma, contra a torcida, o juiz e tudo mais. Esse resultado nos deu o bronze. Além da derrota para os soviéticos na semifinal, só perdemos para os Estados Unidos, o primeiro Dream Team da história. Seis jogadores daquela seleção universitária americana foram para a NBA e estão entre os 50 maiores jogadores da história da Liga”, relembrou Amaury.   A delegação brasileira nas Olimpíadas de Roma era composta por: Amaury Antonio Pasos, Antonio Salvador Sucar, Carlos Domingos Massoni "Mosquito", Carmo de Souza "Rosa Branca", Edson Bispo dos Santos, Fernando Pereira de Freitas "Fernando Brobró", Jatyr Eduardo Schall, Moysés Blás, Waldemar Blatskauskas, Waldyr Geraldo Boccardo, Wlamir Marques e Zenny de Azevedo "Algodão". Técnico: Togo Renan Soares, "Kanela".

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