Vôlei do Cruzeiro de malas prontas para o Catar

Émile Patrício - Do Hoje em Dia
05/10/2012 às 09:55.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:49
 (Maurício de Souza/Hoje em Dia)

(Maurício de Souza/Hoje em Dia)

O caminho para realizar o sonho de se tornar o melhor time de vôlei do mundo começa a ser trilhado no domingo, à noite, quando os jogadores do Sada/Cruzeiro embarcam rumo a Doha, no Catar. Eles disputam o Mundial de Clubes, de 13 a 19 de outubro.

A viagem é depois de amanhã, mas os atletas já estão com as malas prontas. Levam, além de muita expectativa, os “hobbies”, paixões e distrações. Afinal, como diz o levantador William, “não dá pra ficar na tensão da competição o tempo todo”.

Ele até cogitou levar o chimarrão, mas desistiu quando se lembrou da temperatura que enfrentará por lá. Normalmente, colocaria na bagagem. William adquiriu o hábito de tomar o chá após atuar por quatro anos em uma equipe argentina.

Dessa vez, lugar garantido mesmo terá o iPad com o recurso de piano. Muito ligado à música, o atleta adora tocar. Aprendeu bateria, violão e, ultimamente, arranha um violino. “Não sei nada direito. Toco um pouquinho de tudo, mas sou mais curioso que músico. É bom pra relaxar”, diz.

William curte um rock ‘n’roll, assim como o colega, o central Acácio, que toca contrabaixo e faz questão de levar o instrumento, que não é pequeno, em toda viagem. “Se der tempo, quem sabe consigo comprar outro lá. Meu horário livre gasto com música para estimular a concentração e a coordenação. É muito útil pra mim também dentro de quadra”, explica.

No Mundial, Acácio não acredita que o Trentino, da Itália, e o Zenit Kazan, da Rússia, sejam os dois mais temidos da competição. “Pelo nível dos times e dos atletas que irão jogar, é besteira não se preocupar com todos os adversários. Vamos pensar em uma equipe de cada vez. Vale lembrar que, no ano passado, o Sesi-SP perdeu para uma equipe polonesa na semifinal. Bicho-papão tem de todos os lados”, ressalta.

O oposto Wallace, sensação do Campeonato Sul-Americano, competição que rendeu ao Cruzeiro a vaga ao Mundial, prefere os jogos. O videogame portátil é peça fundamental na mala. “Jogo sempre umas duas horas à noite, mas, no fim de semana, me entrego. Quando mais novo, já passei 12 horas sem parar disputando”, conta. O oposto já disputou quase todas as maiores competições, faltando ainda o Mundial de Clubes no currículo.

Ponteiro cubano Leal reforça a equipe

O ponteiro cubano Yondry Leal está liberado para estrear com a camisa do Sada/Cruzeiro. Um dos principais atletas da seleção de seu país nos últimos anos, ele já treinava com os companheiros no CT do Barro Preto, mas o clube aguardava a regularização da documentação do atleta pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB). Isso só aconteceu às vésperas da final do Campeonato Mineiro, quando o jogador foi relacionado, mas não chegou a jogar. No Mundial, Leal, que tem 24 anos e 2,01 metros, terá o compatriota Sanchez na equipe celeste. 

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