(ANDRESSA ANHOLETE/AFP)
Um pequeno grupo de manifestantes aproveitou a presença de ministros e outras autoridades na inauguração da Casa Brasil, montada pelo governo federal para divulgar o País durante a Olimpíada, para protestar contra a precariedade na saúde e os gastos excessivos com a organização dos Jogos, no Boulevard Olímpico, área de lazer localizado na Praça Mauá, no centro do Rio.
"Sabíamos da agenda dos ministros e viemos. O ministro da Cultura, Marcelo Calero, passou aqui na saída e fomos atrás dele até o MAR (Museu de Arte do Rio). Ele não esperava, porque o ambiente aqui está receptivo para eles", disse a assistente social Amanda Frazão, do Movimento Ocupa SUS.
"Somos trabalhadores, estudantes e usuários organizados para denunciar o estado da saúde pública", afirmou Amanda, que espera repetir o protesto diante do ministro da Saúde, Ricardo Barros, que participou de um seminário na Casa Brasil, depois da inauguração.
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Os manifestantes levavam faixas com a inscrição "fora Temer" e reforçaram as palavras de ordem com um pandeiro e um tambor durante a manifestação realizada nesta quinta-feira (4).
Dois protestos principais estão marcados para esta sexta feira, dia da abertura dos Jogos Olímpicos: às 11 horas na Praia de Copacabana (zona sul) e às 14h na Praça Saens Peña, na Tijuca (zona norte).
Depois da inauguração da Casa Brasil, o chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse em entrevista que manifestantes contra a organização da Olimpíada "jogam contra o Brasil". "Tenho dúvida se (o protesto) de fato acontecerá. Se acontecer, cada um que se prepare para arcar, sob o ponto de vista político, sob o ponto de vista da sua consciência e de seu compromisso com os brasileiros de hoje e de amanhã, (com a consequência) por esse gesto", disse o ministro.