(Vinnicius Silva/Cruzeiro E. C.)
Os 2 a 0 que garantiram o título mineiro, há pouco mais de um mês, em 8 de abril, no Mineirão, foram a maior vitória do Cruzeiro sobre o Atlético no novo Gigante da Pampulha e este feito está na conta de Mano Menezes. Neste sábado (19), ele volta a viver o clássico e manda seu time a campo, no Independência, a partir das 16h, encarando mais um desafio, pois busca a quebra de uma escrita pessoal, pois nunca conseguiu vencer o maior rival em confrontos válidos pelo Campeonato Brasileiro.
Não há como negar que a pressão sobre o Cruzeiro e Mano para o clássico deste sábado é muito pequena se for relacionada ao momento atleticano. A vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, na última quarta-feira (16), na Arena da Baixada, em Curitiba, pela ida das oitavas da Copa do Brasil, somada ao jogo decisivo da próxima terça-feira (22), contra o Racing, no Mineirão, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores, justificam não só a escalação de uma equipe mesclada ou reserva como minimizam um resultado negativo, exceto em caso de goleada.
De toda forma, para Mano será a quinta partida contra o Atlético, em Brasileirões, e ele nunca conseguiu vencer embora tenha saído na frente em três desses confrontos, mas cedeu o empate em um deles, em 2015, e levou a virada em dois, ambos no ano passado.
Esse jejum pessoal de Mano nos clássicos pelo Brasileirão começa na partida em que esteve mais perto da vitória. Em 13 de setembro de 2015, pela 25ª rodada, o Cruzeiro vencia o Atlético por 1 a 0 até os 42 minutos do segundo tempo, quando Carlos empatou o jogo.
No minuto seguinte a Raposa teve um pênalti a favor. Willian, que já tinha marcado o gol cruzeirense, fez a cobrança, mas Victor defendeu.
No ano seguinte, Mano só dirigiu o Cruzeiro também no clássico do segundo turno, novamente disputado no Mineirão. Foi o único em que o Atlético saiu na frente, com um gol de Clayton, ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Robinho empatou para a Raposa, que dominou as ações e teve até chance de chegar à virada.
VIRADAS
No ano passado, os dois clássicos pelo Campeonato Brasileiro tiveram a mesma história. O Cruzeiro teve um início arrasador, abriu o placar, mas acabou levando a virada com um meia estrangeiro fazendo o gol de empate e uma das estrelas do ataque marcando duas vezes.
No turno do ano passado, em 2 de julho, pela 11ª rodada, Thiago Neves abriu o placar logo aos 5 minutos, o Cruzeiro criou outras chances, não marcou, e levou o empate na reta final da primeira etapa, com gols de Cazares, de falta, aos 43, e Fred, aos 44. No segundo tempo, Fred decretou o 3 a 1.
No returno, em 22 de outubro, Thiago Neves abriu o placar aos 30 minutos do primeiro tempo. Na etapa final, Otero empatou, aos 15, e Robinho decretou a virada aos 21 e 35.
Pressão, o Cruzeiro de Mano Menezes tem muito pouca no clássico deste sábado. Mas, sem dúvida, a escrita não deixa de ser um incômodo para o treinador.
MANO NOS CLÁSSICOS PELO BRASILEIRÃO
13/9/2015
Empate 1 x 1
Mineirão
Willian (C); Carlos (A)
18/9/2016
Empate 1 x 1
Mineirão
Clayton (A); Robinho (C)
2/7/2017
Atlético 3 x 1
Independência
Thiago Neves (C); Cazares e Fred/2 (A)
22/10/2017
Atlético 3 x 1
Mineirão
Thiago Neves (C); Otero e Robinho/2 (A)