Quando ganha, a vitória é compartilhada entre todo o grupo. Quando perde também. Certo? Em tese. Após a eliminação precoce do Cruzeiro na Copa Sul-Americana, com a derrota por 2 a 1 no tempo normal (e 3 a 2 nos pênaltis) para o Nacional-PAR, em Assunção, o técnico Mano Menezes tratou logo de encontrar o motivo da saída do time celeste da competição: falhas individuais.
Após começar o jogo em vantagem, o Cruzeiro sofreu a virada em lances de falhas do lateral-direito Mayke e do zagueiro Kunty Caicedo, equivocos muito lamentados pelo treinador celeste, que não chamou para si a derrota.
“Iniciamos jogando bem e depois sofremos um gol de empate de falha individual, bola sem risco, poderia ter passado e não passou. No segundo tempo ajustamos algumas coisas, mas voltamos a falhar individualmente. Tomamos o segundo gol”, comentou.
O treinador também lembrou que, durante a cobrança de penalidades, o Cruzeiro chegou a ficar em vantagem duas vezes, após erros de jogadores da equipe paraguaia. E, nem dessa forma, a Raposa conseguiu aproveitar as chances de eliminar o adversário.
“Nas penalidades máximas tivemos duas vezes na frente, com a vantagem, mas não soubemos confirmar ela. Perdemos a decisão nos pênaltis. Durezas do futebol. Vínhamos fazendo temporada boa e num espaço de sete dias tivemos duas derrotas que nos custaram a perda do Estadual e a eliminação na Sul-Americana”, completou, rechaçando nervosismo de sua parte durante a partida.
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“Não estava tão nervoso. Treinador precisa trabalhar. Quando as coisas não estão bem, trabalha mais. O Cruzeiro está se caracterizando por uma equipe que tem comportamento que não gosto, de sair do jogo com facilidade. Tivemos uma partida que se iniciou bem, fazendo ultrapassagem pelos dois lados, criando oportunidade, fizemos o gol e daqui a pouco saímos do jogo. O adversário pode ter seus méritos. Mas nós não podemos deixar de jogar. Cometemos erro num setor do campo que entrega a partida. Temos jogadores de qualidade para não precisar passar por isso”, analisou.
Questionado em entrevista coletiva da manutenção da dupla de zaga amarelada durante boa parte do jogo – o zagueiro Léo acabou sendo expulso no segundo tempo -, Mano disse que pessoas costumam procurar “pêlo em ovo” em momentos de turbulência.
“A gente sempre procura encontrar pêlo em ovo quando se tem uma derrota, uma eliminação. Não tivemos problema quanto a isso. Tivemos problema de atravessar bola na área. Não pode. Isso não pode. A questão das disputas de bola, o primeiro cartão do Leo foi muito rigoroso, disputa normal. Zagueiro tem que saber se comportar. Não posso tirar o jogador só porque está com cartão amarelo”, explicou, pedindo calma nesse momento difícil.
“Com a eliminação a tendência é aparecer algumas coisas, cobranças vêm e precisamos estar preparados. O futebol é assim”, finalizou.