Mano sugere falta de respaldo após poupar titulares e Gilvan explica: 'mal interpretado'

Guilherme Guimarães
gguimaraes@hojeemdia.com.br
26/06/2017 às 19:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:16
 (Yuri Edmundo/Lightpress)

(Yuri Edmundo/Lightpress)

Após a vitória por 2 a 0 sobre o Coritiba no último domingo, o técnico Mano Menezes voltou a comentar a polêmica estratégia adotada na partida anterior, contra a Ponte Preta (derrota por 1 a 0, em Campinas), quando o treinador poupou praticamente todos os titulares.  Em entrevista coletiva no último domingo, logo após a Raposa vencer o Coxa, Mano Menezes sugeriu um pedido de “mais respaldo” do departamento de futebol celeste em momentos de escolhas importantes e estratégicas. "Esperamos respaldo da nossa direção de futebol para que a gente não fique sozinho na defesa de algumas coisas que acredita, porque é importante para o torcedor entender que temos um discurso único e esse discurso é para a hora da derrota e para a vitória", disse.

Para o presidente Gilvan de Pinho Tavares, a declaração de Mano Menezes foi mal interpretada. "Ele não dirigiu reclamação à diretoria do Cruzeiro. Ele apenas chamou a diretoria de futebol, pessoal que compõe o staff do futebol profissional, os médicos, fisiologistas, diretor de futebol, para estarem junto dele na defesa da escalação que ele fez, quando da necessidade de usar um time reserva”, respondeu Gilvan na tarde desta segunda-feira (26), em entrevista à Rádio Super FM. 

Ainda de acordo com o presidente da Raposa, Mano não toma decisões sozinho. Junto do treinador há um staff composto por outros setores do departamento de futebol. “Não foi da cabeça dele que surgiu a ideia de descansar os jogadores do Cruzeiro. Foi informação que passaram a ele, do departamento médico e fisiologia. Todos têm que bater na mesma tecla e dizer o que está acontecendo. O nosso maior rival fez a mesma coisa. Não é o treinador que decide sozinho. (O Mano) Dirigiu palavra a todos que compõem o staff do departamento de futebol para explicar a torcida, dar satisfação do motivo de ter preferido determinados jogadores a outros (contra a Ponte Preta)”, disse.

Momentos antes da partida contra a Ponte, as redes sociais ficaram inflamadas e os torcedores mostraram-se surpreendidos com a decisão do treinador. O assunto gerou enorme polêmica, inclusive com críticas feitas por parte da crônica esportiva. 

“O departamento médico está aparelhado e tem condição de dizer qual o jogador que tem maior risco de contusão. Exame de sangue que fazem mostra o nível de stress, cansaço e qual (jogador) precisa descansar ou não. Foi passado para ele (Mano Menezes) que os jogos foram pesados, desde o jogo com o Bahia, que o Cruzeiro jogou com jogador a menos desde os nove minutos do primeiro tempo. Em seguida veio uma série de jogos que exigiu muito dos atletas, contra Corinthians, Grêmio. Avisaram (funcionários da fisiologia e departamento médico) que estava no momento de descansar (os jogadores), pois teríamos jogo decisivo em Copa do Brasil e logo depois o clássico mineiro. Ele (Mano) atendendo o departamento de fisiologia fez isso e precisava do respaldo do staff do departamento de futebol do Cruzeiro”, concluiu Gilvan. 

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