Melhor ataque é a defesa: solidez na retaguarda marca últimos jogos de Atlético e Cruzeiro

Alexandre Simões
asimoes@hojeemdia.com.br
12/10/2017 às 17:53.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:12
 (Bruno Cantini/Atlético e Ricardo Rímoli/Agif/Estadão Conteúdo)

(Bruno Cantini/Atlético e Ricardo Rímoli/Agif/Estadão Conteúdo)

O bom momento do Cruzeiro na temporada é fruto principalmente da segurança defensiva do time do técnico Mano Menezes, campeão da Copa do Brasil e na briga pelas primeiras posições do Campeonato Brasileiro. No rival Atlético, o início de trabalho de Oswaldo de Oliveira é marcado por três jogos seguidos sem que a equipe sofra um gol.

Sendo que se isso persistir domingo, contra o Sport, às 17h, na Ilha do Retiro, em Recife, será estabelecido um recorde na temporada e o sonho de uma vaga na Copa Libertadores 2018 ficará ainda mais vivo.

Apesar do desejo do torcedor ser sempre por gols marcados pelo seu time, é impossível negar que a eficiência defensiva fez do Cruzeiro o pentacampeão da Copa do Brasil. Nas últimas cinco partidas pela competição, o time de Mano Menezes foi vazado apenas três vezes.

E isso foi fundamental, principalmente nos confronto diante do Grêmio, nas semifinais, e com o Flamengo, na decisão do título, que foi nos pênaltis.

Além disso, a melhor campanha do returno e a maior sequência de invencibilidade da Série A no momento (oito partidas) são frutos dos poucos gols sofridos.

Após perder de 3 a 2 para o São Paulo, na primeira rodada do returno, nos oito jogos seguintes pelo Brasileirão, o Cruzeiro somou seis vitórias e dois empates. O aproveitamento de 83% é fruto não apenas dos 12 gols marcados, mas também dos apenas cinco sofridos.

Nesta Série A, os quatro primeiros colocados se destacam principalmente pela eficiência defensiva, sendo que o Santos, dono do segundo melhor aproveitamento, tem um dos piores ataques do Brasileirão, mas brilha entre as defesas.

PRIMEIRA IMAGEM
No Atlético, a primeira imagem do time de Oswaldo de Oliveira é a organização defensiva. E isso está sendo fundamental para o Galo subir na classificação e manter vivo o sonho de disputar no ano que vem, pela sexta vez consecutiva, a Copa Libertadores.

Sem passar quatro jogos consecutivos com a defesa sem ser vazada desde março de 2015, ainda sob o comando de Levir Culpi, o Atlético pode repetir essa marca no domingo, caso saia da Ilha do Retiro, no Recife, sem ter o goleiro Victor superado pelos atacantes do rubro-negro pernambucano.

Na vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo, na última quarta-feira, no Independência, além do volume de jogo ofensivo, ficou clara uma nova postura defensiva do Atlético, que deu poucas chances ao adversário, o que não vinha acontecendo nas partidas do clube neste Brasileiro, principalmente no Horto.

“Estou muito feliz com isso. Hoje demos duas bobeirinhas que o Pratto cabeceou, mas o Victor interveio de forma magistral. Mas no geral das partidas, a equipe permaneceu sólida, convicta daquilo que acreditamos ser o necessário para não sofrer gols”, analisou Oswaldo de Oliveira após a vitória sobre o São Paulo.

Definitivamente, nesta reta final de temporada, os rivais mineiros parecem inverter o ditado popular e fazer da defesa o melhor ataque.

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