Meninas do Minas recebem o poderoso Rexona por façanha na Superliga de Vôlei

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
10/04/2017 às 20:01.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:05

Dono de 11 títulos da Superliga Feminina de Vôlei e finalista nas 12 últimas edições. Melhor campanha da fase classificatória da atual temporada com apenas uma derrota em 22 jogos. Vice-campeão Mundial Interclubes e, mais do que isso, uma das iniciativas de sucesso de um dos maiores técnicos da história do esporte: o bicampeão olímpico Bernardo Rezende, o Bernardinho. Capaz de ter a continuidade assegurada mesmo com a saída do patrocinador principal (o Sesi-RJ vai assumir a estrutura).

As credenciais do Rexona dão uma ideia do tamanho da façanha ao alcance das meninas do Minas Tênis caso levem a melhor no quarto jogo das semifinais da Superliga 2016/2017, hoje, às 21h30, na Arena JK (ingressos esgotados). Não que o time de Belo Horizonte tenha pouca tradição ou também não seja sinônimo de conquistas – venceu o principal campeonato do vôlei brasileiro em duas ocasiões –, mas, nos últimos anos, a falta de patrocinadores fortes e o assédio constante às atletas formadas em casa tiraram o MTC da lista de favoritos.

Mesmo nesse ano, o começo foi titubeante e, se é inegável que a chegada da oposto norte-americana Hooker e o retorno da ponteira Jaqueline qualificaram o grupo, acabaram tendo efeito ainda mais importante: deram segurança às atletas que já estavam à disposição do técnico Paulo Coco. Não por acaso, a ponteira Rosamaria é a principal pontuadora e a central Mara a bloqueadora mais eficiente da competição. Como destacou Jacqueline, o time encontrou seu verdadeiro potencial e encorpou na hora certa, a ponto de jogar toda a pressão para o lado oposto da quadra e para um rival que sabe que não pode mais errar, ou Minas e Osasco farão a grande decisão, dia 23, no Rio.

O grande desafio será conter a ansiedade e manter a eficiência nos fundamentos que marcaram os dois últimos jogos. Ao menos no discurso, o “já ganhou” está distante da quadra.

“Demos um passo à frente, mas não tem nada ganho. Não será nem um pouco fácil. Acredito que elas estudaram muito as jogadas do nosso time, assim como estudamos as do delas. Será outro jogo muito equilibrado e disputado. Por isso, precisamos entrar em quadra ainda mais atentas e concentradas”, ressalta Mara.

Opinião semelhante é a de Rosamaria. “Estamos vindo de duas boas vitórias, mas sabemos que isso não representa nada na série. Acredito que o favoritismo continua sendo delas. Temos que manter os pés chão, mas acreditando sempre. Será muito importante jogarmos em casa, ao lado da nossa torcida”, comentou a ponteira.

Sobrevivência
No Rexona, o desafio é retomar a regularidade mostrada até a primeira partida da série contra o Minas (3 a 0 para as cariocas, em BH), com a consciência de que mais um tropeço significa o fim da linha.

“É a nossa sobrevivência no campeonato que estará em jogo. Não soubemos lidar com situações adversas e erramos muito. Mas não tem nada definido. Sempre fomos um time forte coletivamente, não temos um destaque individual, mas sim um grupo, e agora é a hora de a gente atuar mais coletivamente do que nunca”, alerta a ponteira Monique Pavão.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por