A equipe do Murici foi recepcionada com homenagem no Mineirão, os jogadores se impressionaram com o Gigante da Pampulha, tiraram várias fotos e os registros ficarão para sempre na memória dos atletas do time alagoano. Em campo, a vaga na quarta fase foi confirmada mesmo pelo Cruzeiro, que venceu por 3 a 0 e, no placar agregado, se classificou com 5 a 0 em cima dos nordestinos.
Se o Murici havia deixado para trás adversários tradicionais como Juventude-RS e América, contra o Cruzeiro foi diferente. Mas, para quem achou que seria fácil, enganou-se. Nos primeiros 15 minutos, mesmo com total domínio da Raposa, o placar se manteve zerado. Alguns jogadores tiveram chances claras de balançar as redes, mas faltou capricho na finalização. Rafael Sóbis e Robinho perderam oportunidades incríveis de arrancar o grito de gol da garganta dos cruzeirenses.
O Murici se defendia com todos os jogadores atrás da linha da bola, e o técnico do time alagoano, Roberval Davino, armou sua equipe no 3-6-1. A tática congestionou o meio-campo e dificultou a vida da Raposa. Mas, a qualidade técnica celeste era muito superior. E depois de muito tentar, de ter até 71% de posso de bola, enfim, saiu o tão esperado gol.
Aos 31 minutos, Thiago Neves, em cobrança de falta, cruzou a bola na área. O zagueiro Cláudio cabeceou com estilo contra o próprio patrimônio e marcou o primeiro gol do jogo. A partir daí o jogo mudou um pouco “de figura”.
Se antes estava complicado, as coisas melhoraram para o Cruzeiro na reta final do primeiro tempo. Em um lance de muita infantilidade, Edson Veneno “atropelou” Rafael Sóbis na área. O árbitro não teve dúvidas e assinalou pênalti. O próprio Sóbis fez a cobrança e ampliou: 2 a 0, placar da etapa inicial.
Muito honrado, o Murici, mesmo tendo consciência de sua inferioridade técnica, seguiu dando trabalho ao Cruzeiro no segundo tempo. O time celeste continuou pressionando, mas pecava na hora de finalizar. Em 17 chutes a gol, o que de fato mostrava forte poderio ofensivo, apenas 29% de aproveitamento (cinco certos), evidenciando as falhas da Raposa na “hora h”.
E os erros de finalização eram tantos, que até pênalti foi desperdiçado. Thiago Neves foi derrubado na área e o juiz assinalou penalidade máxima. O argentino Ramón Ábila pegou a bola para fazer a cobrança, mas uma ordem expressa do técnico Mano Menezes indicou o próprio Neves como cobrador.
Ansioso por marcar seu primeiro gol com a camisa azul, Thiago Neves seguiu no quase. O camisa 30 bateu muito mal, no meio do gol, e o goleiro Dias fez a defesa.
Se o Cruzeiro não fazia o gol pela própria vontade, o Murici ajudava com o “fogo amigo”. Depois de Cláudio foi a vez de Deysinho jogar contra o próprio patrimônio, de “peixinho”, fazendo 3 a 0 para os celestes.
Agora, o Cruzeiro aguarda a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgar as datas da quarta fase e o sorteio que definirá o adversário celeste na Copa do Brasil.