Minas é único estado, entre os nove com times na Série A, a viver guerra antes da decisão

Henrique André
hcarmo@hojeemdia.com.br
26/04/2017 às 18:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 14:18

Marcada mundialmente pelos 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014, Minas Gerais volta a sofrer outra goleada histórica; esta, porém, fora de campo. Dos nove estados com times na Série A do Campeonato Brasileiro, apenas o de Atlético e Cruzeiro faz das finais do Estadual uma guerra de bastidores.

Na contramão de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Santa Catarina, Paraná e Goiás, que já definiram locais, datas e cargas de ingressos para os dois confrontos decisivos, Minas aguarda a próxima semana para saber se o Galo exercerá o mando de campo da volta, dia 7 de maio, no Independência ou Mineirão.

É preciso ressaltar que, caso o clube alvinegro opte pelo Horto, os cruzeirenses não poderão comparecer por causa do veto feito pela Polícia Militar (PM) aos visitantes, alegando medidas de segurança, já que há uma obra no local, que se encontra parada por ser considerada irregular pela justiça.

Já Pernambuco e Rio Grande do Sul, que também vivem momento de calmaria nos bastidores da final, não publicaram datas e ou locais dos jogos de volta por motivos que não geraram atritos entre os clubes envolvidos.

No caso de Sport e Salgueiro, a Federação Pernambucana trabalha junto à CBF para conseguir espaço entre os compromissos do rubro-negro nas Copas do Nordeste e do Brasil. Por enquanto, apenas a ida está confirmada. Será dia 7 de maio, às 16h, na Ilha do Retiro.

No Rio Grande do Sul, Internacional e Novo Hamburgo se enfrentam neste domingo, no Beira-Rio, em Porto Alegre, e fazem a volta em 7 de maio. O local ainda não foi definido.

Aguardando laudo da arquibancada móvel instalada no Estádio do Vale, que deve ser apresentado à Federação Gaúcha até dia 2, o time do interior, enquanto não o faz, tem como opção exercer o mando no Centenário, em Caxias do Sul.

Clima quente
Além dos costumeiros desentendimentos entre as diretorias dos rivais mineiros, antes, durante e após a bola rolar, outra “bomba” explodiu na tarde desta quarta-feira (26) nesta “terra arrasada”.

Após entrevista do presidente da FMF, Castellar Neto, à Rádio Itatiaia, na qual afirmou ter excelente relações com os dois clubes, mas não dialogar com o vice-presidente da Raposa, Bruno Vicintin, por entender que não cabe a ele falar pelo Cruzeiro, a resposta dada pelos celestes, através de nota oficial, não poupou críticas ao mandatário da entidade.

“A conduta do senhor Castellar Neto não é surpresa, afinal, o mesmo se trata de um cidadão que tem uma preferência clubística indisfarçável, tendo inclusive, em um passado recente, se fantasiado de mascote do nosso maior rival (Atlético), e ainda usado a camisa de uma equipe argentina (Estudiantes) para comemorar um título de Copa Libertadores”, expressou em trecho da nota a diretoria cruzeirense.

A baixaria virou a marca do maior produto do futebol mineiro.

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