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RIO DE JANEIRO - A Tocha Olímpica não passou por Iturama, no Triângulo Mineiro, mas os quase 40 mil moradores do município têm um grande motivo para não desgrudar da televisão durante os Jogos no Rio de Janeiro: torcer para o central Maurício Souza, filho da cidade, e uma das peças do técnico Bernardinho para montar a equipe de vôlei brasileira.
Atualmente no Campinas, Maurício atuou em grandes clubes do Brasil e também do exterior. Hoje, aos 27 anos, o ex-servente de pedreiro – profissão a qual exerceu para ajudar os pais durante parte da adolescência - terá a oportunidade de disputar sua primeira Olimpíada. Mesmo suplente e com a concorrência de Lucão e Éder, ele afirma trabalhar forte para dar conta do recado quando acionado.
“Vejo uma oportunidade em nossa frente e nada referente ao peso da camisa. É a chance que cada um tem de dar o seu melhor em quadra e fora dela. Jogar em casa é um fator a mais que podemos usar a nosso favor”, comenta o central ao Hoje em Dia. “Não somos favoritos de nada. Somos trabalhadores em busca de um objetivo”, acrescenta.
Em relação ao sonho de conquistar o ouro olímpico, o ituramense mantém os pés no chão. Segundo ele, é preciso trabalhar pesado para que esta recompensa venha. E, caso coloque a medalha no peito, garante que ela não terá lugar especial em relação às outras já conquistadas na carreira.
“Medalha significa a recompensa por um árdua trabalho bem feito. Irei guardá-la (caso a conquiste) junto com todas as outras que também foram importantes em cada momento da minha carreira”, afirma Maurício.
A estreia da seleção acontece no próximo domingo (7), às 11h35, no Maracanãzinho. Anfitrião dos Jogos e integrante do Grupo A, o Brasil terá pela frente o México. Nas rodadas seguintes, o time comandado por Bernardinho enfrentará Canadá, França, Estados Unidos e Itália.Reprodução/Instagram
Mauricio Souza (à dir.) com os companheiros de seleção, Wallace, Bruninho e Evandro Guerra