Muito além das figurinhas prateadas: candidatos a fazer bonito nos gramados da Rússia

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
24/04/2018 às 19:37.
Atualizado em 03/11/2021 às 02:30
 (Oli Scarff/AFP)

(Oli Scarff/AFP)

Faltam exatos 50 dias para uma Copa do Mundo que promete novidades, não só por desbravar um território inédito em se tratando da competição ­– a Rússia –, e por marcar a chegada das improváveis seleções da Islândia e do Panamá. No campo, as figurinhas carimbadas (ou seria melhor dizer prateadas?) ganharão a companhia de jogadores com potencial para roubar a cena. E, quem sabe, dividir o protagonismo com companheiros mais badalados, de quem se espera desempenho digno de Bola de Ouro.

Se Cristiano Ronaldo se prepara para liderar Portugal e Messi é a referência argentina pelo quarto Mundial seguido, muitos jogadores podem, nos gramados russos, passar "à prateleira de cima", como reza o jargão da bola. Alguns deles mostraram do que são capazes ontem, na semifinal da Liga dos Campeões entre Liverpool e Roma (5 a 2 para os britânicos em Anfield).

Caso de Roberto Firmino que, chamado pela primeira vez para a Seleção Brasileira por Dunga, no fim de 2014, fez o torcedor imaginar que não seria mais do que uma nova versão do contestado Hulk. Então no modesto Hoffenheim, da Alemanha, ele contou com a chancela do alemão Jürgen Klopp para se transferir ao Liverpool, onde se tornou decisivo, ajudando os Reds a superar, sem traumas, a saída de Phillipe Coutinho. Hoje, com razão, pede passagem numa posição que, há não muito tempo, parecia assegurada com chave e cadeado por Gabriel Jesus.

Faraó

Igualmente impressionante e candidato a protagonista na Copa apesar da pouca tradição de sua seleção, o atacante egípcio Mohammed Salah faz uma temporada primorosa, com 43 gols em 47 jogos, 10 deles na Champions. E, num grupo (o A) com os anfitriões, o Uruguai e a Arábia Saudita, uma inédita classificação às oitavas seria façanha, mas está longe de ser missão impossível.

Assim com ele, Sadio Mané será o rosto mais conhecido e provavelmente temido na equipe do Senegal, outra africana que está num grupo sem favoritos, o H, ao lado de Colômbia,  Japão e Polônia – esta, aliás, liderada por Robert Lewandowski, mais um com perspectiva de destaque no Mundial.

O Grupo G é mais um com potencial para revelar destaques. Basta imaginar o duelo entre a Bélgica de Kevin de Bruyne e Eden Hazard e a Inglaterra dos companheiros de Tottenham Dele Ali e Harry Kane. Aliás, no clube londrino está um atacante que, longe de ser candidato a craque ou sensação do Mundial, merece ser observado com atenção: o sul-coreano Heung-Min Son, que disputou os Jogos Olímpicos de 2016 no Brasil e fez gol no Mineirão diante de Honduras. Se há alguma possibilidade de os asiáticos voltarem a chegar mais longe (num grupo com Alemanha, México e Suécia), passa pelo pé calibrado do jogador.

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