Não faltaram vontade, entrega e talento, mas o sonho do Minas Tênis de retornar a uma decisão de Superliga depois de 13 anos ficou no quase. A equipe da Rua da Bahia, dona da quarta melhor campanha na fase classificatória, foi valente, mas não conseguiu evitar a derrota por 3 a 1 (25/21, 26/24, 21/25 e 25/20) para o Rexona, no quinto e decisivo jogo da melhor de cinco semifinal, na Arena Olímpica da Barra da Tijica. O time comandado por Bernardinho chega à 12ª final consecutiva – dia 23, no mesmo local, recebe o Osasco para reeditar o clássico do vôlei brasileiro.
Mais uma vez as mineiras, que venceram o segundo e o terceiro jogos do playoff, ambos no Rio, não começaram bem, com o saque facilitando o trabalho de passe das adversárias e erros nos ataques. Em 21 minutos, um bloqueio de Gabi definiu a parcial e deixou as donas da casa em vantagem.
Paulo Coco procurou mexer no time, trocando a levantadora Naiane por Karine e invertendo as posições de Jaqueline e Rosamaria. Na segunda série, a segunda, principal pontuadora da competição, começou a levar a melhor sobre o bloqueio do Rexona, mas era daqueles dias em que tudo dava certo. Depois de estar dois pontos à frente, o Minas não conseguiu resistir à recuperação das cariocas e, no bloqueio em Hooker, as anfitriãs abriram 2 a 0. Jogando no lugar da holandesa Anne Buijs, contundida, Drussyla era a principal pontuadora do Rexona, enquanto Juciely também se destacava.
Obrigado a vencer para se manter na briga, o time mineiro fez um terceiro set impecável. Saque e passe funcionando foram os segredos para a conquista da parcial, com as mineiras apostando na inteligência para superar a forte defesa das cariocas. No quarto, o equilíbrio se manteve até o 10/9, quando o psicológico começou a fazer a diferença e o maior foco das comandadas por Bernardinho prevaleceu.