'Não estavam só eu, Jô e Emerson': André fala da punição no Atlético após 'ato inconveniente'

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
23/06/2017 às 17:55.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:13

Ás vésperas da decisão contra o Flamengo na semifinal da Copa do Brasil de 2014, o trio André, Emerson Conceição e Jô foi flagrado cometendo um ato de indisciplina, classificado como "ação inconveniente", no hotel onde o Atlético estava hospedado em Curitiba. Os três foram afastados do clube, com contrato suspenso. Quase três anos depois do acontecido, um dos protagonistas da confusão comentou sobre o caso pela primeira vez, revelando que não era sometne os três punidos que participaram do episódio.

André, que na oportunidade tinha voltado ao Atlético após empréstimos fracassados a Santos e Vasco, não tinha espaço com Levir Culpi, mas foi afastado após ser flagrado, junto aos dois colegas, cometendo o tal ato indisciplinar que feria as normas do Galo. A maior contratação da história do Atlético, custando ao toto 8 milhões de euros (R$ 19,7 milhões em 2012) disse que havia outros envolvidos no caso, além de Jô e o lateral-esquerdo Emerson Conceição.

"(No Atlético) Acabou acontecendo algumas coisas fora de campo que eu era pouquinho rebelde. Não estava com a cabeça muito centrada. Nunca falei desse assunto. Mas muita coisa ali sobrou para mim por ser o solteiro da 'parada'. Eu saía às vezes, mas sempre de folga. A situação do hotel, por exemplo, não estava só eu, Jô e Emerson (Conceição) lá".

"Mas enfim, já foi, passou. Sobrou para mim. Mas bato no peito, assumo meus problemas e meus erros. Me afastaram e veio a torcida a pegar no pé", afirmou o agora camisa 90 do Sport Recife, em entrevista ao canal Desimpedidos, no Youtube, gravada na semana passada, mas veinculada pela primeira vez nesta quinta-feira (23).

André acabou saindo do Atlético quando foi emprestado ao Sport e, em boa forma, assinou contrato com o Corinthians quando o vínculo com o Galo se encerraria no meio do ano passado. No Timão, alternou bons e maus momentos, foi vendido ao Sporting Lisboa e conseguiu o retorno ao time da Ilha do Retiro.

A fama de baladeiro, uma famosa foto no qual dormia de boca aberta numa festa e o pouco espaço no time titular fizeram com que a passagem de André fosse marcada negativamente no Atlético. E o maior investimento do clube mineiro, sem deixar saudades, reencontrou a torcida alvinegra na última rodada do Brasileirão. No empate em 2 a 2 entre Galo e Sport, André fez um bom jogo, participou do primeiro gol do Leão, mesmo sendo recebido sobre vaias e xingamentos pela Massa alvinegra. A quem, inclusive, o próprio jogador classificou como a que mais pressiona e cobra ao lado da torcida do Corinthians.

"Cheguei em 2011, brigando para não cair. Fui peça importante nessa briga, fiz 8 gols em 10 jogos. Então virou o ano, estava muito bem. Começamos o Mineiro e fui pré-convocado para a Seleção Olímpica. Mas torci o tornozelo e veio o Jô. O Cuca passou a usar o Jô. Veio uma proposta do Santos, mas não queria voltar. Falei o para o presidente da época, Kalil que não queria ir (pro Santos), pra ele me ajudar a ficar. Mas acabou que, não sei porque, o Kalil, o Cuca, não queriam que eu ficasse lá. Me mandaram para o Santos", disse André, ainda sobre a chegada ao Atlético vindo do Dínamo de Kiev.

A explicação do falecido diretor de futebol Eduardo Maluf sobre a indisciplina dos jogadores logo após o duelo contra o Atlético-PR, na Arena da Baixada, no Brasileirão de 2014

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