Na crista da onda: surfistas brasileiros se destacam também em piscina artificial

Cristiano Martins
csmartins@hojeemdia.com.br
25/09/2017 às 15:34.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:43
 (STEVE SHERMAN/WSL)

(STEVE SHERMAN/WSL)

Presente no lugar mais alto do pódio em três das oito etapas do Circuito Mundial Masculino deste ano, a bandeira do Brasil voltou a tremular no topo em mais um evento histórico para o surfe – uma das novas modalidade integradas ao programa olímpico a partir dos Jogos de Tóquio-2020.

O paulista Gabriel Medina conquistou uma competição experimental promovida na última semana pela WSL (Liga Mundial de Surfe) na piscina de ondas artificiais desenvolvida pelo multicampeão Kelly Slater na região da Califórnia, nos Estados Unidos (assista ao vídeo abaixo).

Além disso, o também paulista Filipe Toledo ficou com o vice-campeonato do naipe masculino e ainda faturou a melhor onda do torneio (nota 9,83).

Apesar do caráter amistoso, o campeonato foi monitorado pelo Comitê Organizador dos Jogos. O evento-teste deverá ser um marco na escolha entre o mar e a piscina artificial para a edição inaugural do esporte em uma Olimpíada.

“Essa onda é incrível, é uma onda dos sonhos. A gente tem que viajar horas, dias, para buscar uma onda parecida com essa, e às vezes nem acha. A gente está vivendo o futuro, esse é o futuro do surfe, e é uma honra poder estar presente nesse dia, vivendo isso junto com os melhores do mundo”, declarou Medina.

“É perfeito. Uma onda com condições iguais para todos. É o sonho”, acrescentou Filipinho.

Sonho olímpico

Entre as mulheres, o Brasil foi representado por Silvana Lima na competição experimental. A cearense terminou na quinta colocação, a apenas um ponto da final, vencida pela havaiana Carissa Moore.

O bom desempenho dos surfistas brasileiros alimenta as esperanças pelas inéditas medalhas olímpicas na modalidade.

O país tem três títulos na temporada 2017 da WSL, com Adriano “Mineirinho” de Souza (Rio de Janeiro), e Filipe Toledo (África do Sul e Califórnia). Eles aparecem em sexto e sétimo no ranking, respectivamente, seguidos por Medina, em oitavo.

No naipe feminino, o Brasil subiu ao topo do pódio uma vez, na última das sete etapas já disputadas (Califórnia), justamente com Silvana Lima. Ela ocupa atualmente a 13ª posição do ranking.

Vale lembrar que Gabriel Medina e Adriano de Souza conquistaram o título mundial em 2014 e 2015, respectivamente.

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