Quando Igor Junio Benevenuto apitou o fim do jogo, o goleiro Victor desabou no gramado, foi abraçado de imediato pelo reserva Giovanni e ambos comemoraram o título de campeão mineiro junto ao mascote 'Galo Doido'. A vitória de 2 a 1 contra o Cruzeiro no Independência valeu a taça e também um número histórico nas estatísticas alvinegras diante do rival.
Nas costas do Galo, esta foi a 200ª vitória nos confrontos entre ele e a Raposa. O alvinegro perseguia este número significativo há oito clássicos, desde a última vitória em abril de 2015, pela semifinal do Mineiro. Há divergências nas estatísticas e cada clube mantém a sua. Na versão alvinegra, este foi o 499º clássico.
O Cruzeiro mantém em sua estatística outros critérios para determinar quais jogos entre Atlético e Cruzeiro entram na conta. A Raposa considera apenas duelos quando ambos utilizaram o 'primeiro quadro' (designação para o time principal nas primeiras décadas do século XX). Já o Galo leva em conta jogos nos quais o clube entrou com o 'primeiro quadro', independentemente do 'quadro' do rival.
Para o Cruzeiro, este foi o 187ª vitória do Atlético, contra 129 empates e 165 vitórias celestes, num total de 481 títulos no total. A diferença de 18 clássicos a mais nas contas atleticanos se dá pelo critério acima citado. Nas duas contas, porém, o Galo mantém a vantagem no aproveitamento. Desta vez, valeu o título mineiro e até o encerramento de um jejum de vitórias contra a equipe cinco estrelas.
"Mostramos que temos banco e que estamos preparados para ganhar a Copa do Brasil, o Brasileirão e a Libertadores. Nada melhor que uma taça, um título que foi muito disputado, contra uma equipe boa do Cruzeiro. Mas quando está valendo, está valendo e tem muitos anos que estamos na frente", disse o presidente Daniel Nepomuceno.