Nepomuceno deixa presidência do Atlético e mira descanso: '60 dias para me reconstruir'

Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
12/12/2017 às 15:36.
Atualizado em 03/11/2021 às 00:12
 (Bruno Cantini/Atlético)

(Bruno Cantini/Atlético)

Daniel Nepomuceno virou quadro na parede. Na galeria de ex-presidentes do Atlético, o político é mais um rosto no hall dos dirigentes. O último da fila. E, pelos próximos meses, a única presença de Nepomuceno na sede do clube será nesta imagem pendurada na segunda-feira (11).

Após colocar Sérgio Sette Câmara na cadeira em que ocupou de dezembro de 2014 a dezembro de 2017, Nepomuceno tirará um tempo para "me reconstruir passo a passo". As férias ficarão programadas com a família, e ele só deve voltar à ativa em meados de fevereiro/março.

"Vou pegar 60 dias, sem fazer nada. Me reconstruir passo a passo. Agora sim (fora do futebol)", disse Daniel, ao Hoje em Dia, no dia da eleição.

Quando voltar do período "sabático", Nepomuceno será um dos líderes da comissão especial que o Atlético criará para tocar o projeto da Arena MRV, com previsão de sair do papel em 2018. A futura casa do Galo ainda segue na Prefeitura de Belo Horizonte, sem data para ser votada na Câmara Municipal.Frederico Ribeiro/Hoje em Dia

Daniel Nepomuceno foi o 53º presidente do
Atlético, com gestão entre 2015 e 2017

"Ainda não criamos as comissões do Estádio, vamos esperar passar na Câmara, tudo tempo a tempo. Essa eleição começou a usar muita questão...Temos que gerir um fundo milionário, caro, ter as garantias todas. Vamos ter muita paciência. Da minha parte eu entreguei tudo certinho, todos os contratos, tudo certo", completou Daniel.

'MEU MAIOR LEGADO É A DIRETORIA UNIDA'
Daniel Nepomuceno acumulou derrotas e vitórias à frente do Atlético. Sucedeu Alexandre Kalil - campeão da Copa Libertadores e Copa do Brasil -, tendo sido vice-presidente do atual prefeito de Belo Horizonte. Entre erros e acertos, o atual secretário de desenvolvimento de BH cita um legado que deixa no clube.

"O maior legado é a diretoria unida, sem dúvida nenhuma uma honra participar dela. Deixamos aí um clube com patrimônio valorizado, a torcida orgulhosa e a esperança de o Estádio sair. Agora é passar o bastão para um amigo, um dirigente que conhece o clube. Estará ao lado do Lásaro, que é só sangue, suor e lágrimas. Dar continuidade ao trabalho", completou o ex-presidente, revelando um gosto amargo: "não ter levantado uma taça maior".

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