A coletiva de imprensa concedida pelo presidente Daniel Nepomuceno, no começo da tarde desta sexta-feira (28), gerou bastante expectativa pelo momento turbulento vivido no Atlético. O mandatário do Galo tinha dois assuntos para abordar: o comando do time de futebol acima do treinador e seu cargo como secretário de desenvolvimento da Prefeitura de BH. E, basicamente, reforçou os dois aspectos.

A morte do diretor de futebol Eduardo Maluf deixou o Atlético e o futebol brasileiro, em geral, de luto. O Galo, inserido em competições importantes, promoveu o coordenador de base do clube, André Figueiredo, ao posto de Maluf, para ser o comandante da equipe profissional. Ao perceber questionamentos sobre o trabalho do ex-zagueiro do Galo, o presidente Daniel Nepomuceno afirmou a continuidade de André no cargo.

"O Atlético tem essa pessoa (diretor de futebol), que se chama André Figueiredo, André Figueiredo! Pessoa que eu confio, está no clube deve ter uns 20 anos. Ele e o Lucas (Ottoni), que faz a parte administrativa, coisa que o Maluf acumulava. Essas duas pessoas estão preparadas e eu confio. O Atlético tem sim! Não estou buscando (outro nome para diretoria)", disse o presidente.

Recentemente, o nome de Paulo Angioni foi ligado ao Galo. Com trabalhos por Fluminense e Vasco, o executivo do futebol disse ao Hoje em Dia que não recebeu nenhum contato do clube mineiro, apesar de deixar claro que não titubearia em aceitar tal chamada. Nepomuceno não busca diretor, mas deixou claro que recebe contatos de "agentes de diretor de futebol".

"Agora eu descobri que tem agente de diretor também. Toda hora alguém me liga indicando diretor. Há uma implicância, um questionamento, de uma pessoa (André Figueiredo) que entregou centenas de taças na base, tem confiança aqui dentro, todo treinador que chega, conversa, e as pessoas querem uma solução, responsabilidade é nossa, minha, do André, do Micale e dos jogadores. Não adianta chegar agora um outro nome e entregar a responsabilidade a ele, quem tem que resolver somos nós".

CARGO NA PBH
Com a ida do ex-presidente Alexandre Kalil ao cargo de prefeito de Belo Horizonte, Daniel Nepomuceno, que foi seu vice-presidente de 2009 a 2014, foi chamado para integrar a pasta da secretaria de desenvolvimento da capital. Questionado se a acumulação de funções é prejudicial ao dia a dia do Galo, ele negou.

"Toda presidente do clube tem outra atividade. Eu tenho, sou secretário de governo. Não interfere em nada, em absolutamente em nada. A cobrança tem que ser em cima de mim, sim, que sou presidente. Mas não pode ser desconstruído tudo aquilo que fiz, participei, tudo que fiz principalmente voltado para a minha profissão e para a minha. Estou no Atlético há 15 anos, sou conselheiro, fui vice-presidente e agora sou presidente. Não é por causa da minha função que estamos em 14º lugar. A desclassificação não veio por causa disso. No dia que atrapalhar, vou optar pelo Atlético", afirmou.

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