O circo está de volta: Mundial de Fórmula 1 começa renovado na Austrália

Rodrigo Gini
Hoje em Dia - Belo Horizonte
22/03/2018 às 22:52.
Atualizado em 03/11/2021 às 01:59
 (William West/AFP)

(William West/AFP)

Dois tetracampeões. Duas equipes que, depois de três anos de domínio prateado na era híbrida da F-1 protagonizaram um duelo emocionante na temporada passada e podem ganhar a concorrência de uma terceira na luta pelo degrau mais alto do pódio. E uma série de novidades ditadas pela segurança e pela tentativa de tornar o espetáculo mais interessante e reaproximar o público da principal categoria do automobilismo internacional. O circo está de volta para mais um Mundial que, ao menos na teoria, traz motivos de sobra para compensar a ausência brasileira no grid.

O Grande Prêmio da Austrália abre um ano marcado pelo recorde de 21 etapas, que tem tudo para ser decisivo na luta pelo prestígio perdido. O campeonato de 2018 é mais um passo no esforço da norte-americana Liberty Media, dona dos direitos comerciais da F-1, para aproximar o espetáculo do público, mantendo a aura de exclusividade apenas dentro da pista. Eventos paralelos, shows, o início das transmissões dos GPs em streaming de vídeo (para alguns países, uma lista que inicialmente não inclui o Brasil) são algumas das ações pensadas para este ano. Por outro lado, as grid girls, meninas que marcavam as posições dos carros no grid, desaparecem em nome "dos novos tempos" e serão substituídas por jovens kartistas.

Todo o esforço será inútil caso os pegas não sejam capazes de atrair os olhos do mundo. Os testes de pré-temporada mais uma vez sugerem superioridade da Mercedes (campeã desde 2014) e Ferrari, mas há quem aposte tanto que o time das Flechas de Prata começa à frente dos italianos quanto na capacidade da Red Bull de se juntar à festa, mesmo com um motor Renault que, na teoria, é inferior aos rivais.

Duelo?

Lewis Hamilton desmentiu os rumores de que poderia se aposentar depois da conquista do tetra e, dono do recorde de poles, ruma agora para igualar a marca do lendário argentino Juan-Manuel Fangio (ainda com os sete títulos de Michael Schumacher como um objetivo razoável). Tetra como o inglês, Sebastian Vettel espera finalmente, em seu quinto ano pilotando um carro do Cavallino Rampante, fazer a festa dos tifosi. No ano passado, o alemão liderou até o GP da Itália, mas uma combinação de problemas mecânicos e acidentes encerrou antes da hora um duelo que parecia destinado a se resolver apenas em Abu Dhabi, na última prova.

Com os respectivos companheiros Valtteri Bottas e Kimi Räikkönen destinados ao papel de coadjuvantes de luxo, as esperanças de caras diferentes na briga pelo título estão na dupla da Red Bull: Daniel Ricciardo e Max Verstappen, desde que o equipamento permita.

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