(PEDRO REVILLION/CORREIO DO POVO)
Com 1,94m, o goleiro Victor deve ser apresentado na tarde desta terça-feira (3) na Cidade do Galo, com a missão de pôr fim à ciranda em que se transformou o gol alvinegro nos últimos anos. Desde a transferência de Diego Alves para o futebol espanhol, no segundo semestre de 2007, que a camisa 1 do Atlético virou um problema.
Nove jogadores tiveram a oportunidade, mas nenhum transmitiu a segurança que os torcedores tanto sonham. Renan Ribeiro e Giovanni foram os últimos a ser testados. O primeiro abriu a temporada 2012 como titular, mas perdeu a posição após as falhas no clássico contra o Cruzeiro, na décima rodada do Campeonato Mineiro.
Giovanni veio em seguida e agora entrega a posição depois de uma atuação bastante elogiada na vitória de 1 a 0 contra o Grêmio, no último domingo, no Olímpico. Apesar do bom desempenho de Giovanni, o técnico Cuca confirmou a estreia de Victor no domingo, contra a Portuguesa, às 18h30, no Independência.
Comprado por R$ 8 milhões, mais a cessão de 50% dos direitos do zagueiro Werley ao tricolor gaúcho, o goleiro desembarca em Belo Horizonte com status de um dos maiores investimentos no gol alvinegro.
O último atleta com mais nome contratado para a posição foi o uruguaio Carini, que chegou ao clube sem qualquer custo e numa fase decadente de sua carreira. Depois de passagens pela Internazionale e Juventus, da Itália, estava no Real Múrcia, da Espanha.
Com a transferência de Diego Alves para o futebol europeu, no segundo semestre de 2007, Edson e Juninho se revezaram com a camisa 1 até o fim da temporada. A aposta nos dois se repetiu no ano seguinte, com eles alternando altos e baixos. Sérvulo veio do América-RN e foi embora depois de participar de apenas dois amistosos.
Mas foi mesmo em 2009 que a odisseia no gol atleticano atingiu seu ápice. Como Juninho e Edson não conseguiram transmitir confiança no início da temporada, o clube apostou na contratação de Aranha e Carini, além de dar oportunidade a Bruno Fuso, formado na base, que assumiu a posição quando Carini e Aranha estavam contundidos.
Em 2010, novamente, o alvinegro sofreu para tentar encontrar um titular de qualidade. Carini e Aranha foram os primeiros a jogar, mas não corresponderam. Então, Vanderlei Luxemburgo, técnico da equipe na época, trouxe Marcelo, que estava no Bahia, e também não deu certo.
Aposta ousada
Diante de todas as tentativas frustradas, Luxemburgo resolveu fazer uma aposta ousada. Contratou o veterano e polêmico Fábio Costa, afastado do elenco do Santos e com 32 anos de idade na ocasião. O salário de cerca de R$ 200 mil era bancado metade pelo clube santista e o restante pelo Galo.
Depois de 28 jogos e 20 gols sofridos, o afastamento do camisa 1 foi a principal medida tomada pelo técnico Dorival Júnior quando assumiu o time, no segundo semestre daquele ano, para tentar livrá-lo do segundo rebaixamento de sua história.
Com isso, Renan Ribeiro, destaque da base e antigo sonho dos torcedores, teve sua primeira chance no time titular. De ovacionado no início, passou a ser vaiado e hostilizado, até que Giovanni ganhou sua oportunidade. Lee segue no grupo, sem nunca ter entrado em campo.
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