(Bruno Cantini/Atlético/Divulgação)
Recorre ou paga? Esta é a dúvida do Atlético em relação a pendência que o clube tem com o Huachipato, do Chile, pela compra do venezuelano Romulo Otero, no valor de 600 mil euros (aproximadamente 2,7 milhões de Reais).
Na última quarta-feira (11), o comitê de status de jogadores da Fifa determinou que o alvinegro quite a dívida em, no máximo, um mês, correndo o risco de ser suspenso de registrar novas contratações. A informação foi publicada, em primeira mão, pelo portal UolEsportes.
Em contato com a reportagem do Hoje em Dia, por meio da assessoria de imprensa, o Atlético diz que o advogado internacional contratado pelo clube está analisando se entra com recurso (cabível) ou se será mais fácil já executar o pagamento aos chilenos.
''Assim levando em conta as considerações sob os números II/16 e II/17 abaixo, o escritório decide que no evento de que o reclamado (Atlético) não pague a quantia devida ao reclamante (Huachipato) em 30 dias seguintes à notificação da presente decisão, uma sanção de registrar novos jogadores, nacionalmente ou internacionalmente, pela próxima janela de transferências inteira seguinte à notificação da presente decisão vai se tornar efetiva em cima do reclamado de acordo com os artigos 12bis, par4 dos regulamentos'', rege a decisão da entidade maior do futebol brasileiro.
Como a próxima janela de contratações internacionais se abre no próximo dia 16, a punição, caso o time mineiro descumpra a sentença, deverá valer apenas na janela da virada do ano. Otero, desde maio, defende o Al Wehda, da Arábia Saudita. Pelo empréstimo, o clube desembolsou cerca de 21 milhões.
Cobrança na Fifa
No Atlético desde 2016, o meio-campista teve 50% dos direitos econômicos comprados pelo clube no ano passado. Para tal, a diretoria do alvinegro pagou 800 mil euros que, pelo combinado entre as partes, seriam pagos em duas parcelas iguais: a primeira em agosto de 2017 e a última no mesmo período desde ano.
Contudo, o Huachipato recebera até o momento apenas 1/4 do valor total. Por isso, recorreu à Fifa para cobrar que o Atlético quite o restante. Para pressionar os mineiros, a diretoria do clube chileno solicitou que sejam proibidos de registrar jogadores até que os 600 mil restantes sejam devidamente quitados.