Palco de estreias no início do ano, Primeira Liga será novamente 'laboratório' para times mineiros

Cristiano Martins e Henrique André
esportes@hojeemdia.com.br
30/08/2017 às 01:50.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:19
 (Washington Alves/Bruno Cantini/Divulgação)

(Washington Alves/Bruno Cantini/Divulgação)

Mesmo sendo uma criação dos próprios clubes e valendo um troféu disputado entre grandes escudos do futebol brasileiro, a Primeira Liga 2017 seguirá sendo tratada apenas como um “laboratório”. Pelo menos até as quartas de final, disputadas em jogos únicos neta quarta-feira (30).

Cruzeiro e Atlético escalaram 27 e 25 jogadores, respectivamente, nas três rodadas da fase de grupos. E os números aumentarão nesta noite, pois os técnicos Mano Menezes e Rogério Micale já acenaram com times reservas e caras novas nos duelos contra Grêmio e Internacional (veja as fichas abaixo).

Na Raposa, as maiores atrações devem ser as estreias do zagueiro Arthur, criado na base, e do meia argentino Messidoro, contratado recentemente. O lateral Lennon e o volante Nonoca, pouco utilizados, também receberão novas chances com o treinador.

No Galo, as novidades entre os relacionados são o lateral Mansur, o meia Marco Túlio e o atacante Elder. Todos já defenderam o time principal ao menos uma vez, mas, neste ano, vêm atuando pela equipe Sub-23.

A probabilidade de irem a campo, porém, é menor, pois Micale pretende dar ritmo a atletas menos aproveitados do elenco "de cima", como o goleiro Giovanni, o lateral Leonan e o volante Roger Bernardo.

Experiências

Na fase de classificação, os rivais utilizaram o clássico de abertura como primeiro grande teste da temporada para os times principais. A vitória celeste por 1 a 0 marcou as estreias oficiais do cruzeirense Hudson e dos atleticanos Ralph e Rafael Moura.

Já na segunda rodada, a Raposa optou por uma formação reserva diante da Chapecoense, enquanto o Galo experimentou mudanças no time titular, especialmente devido à venda do atacante Lucas Pratto e à chegada do volante Elias, estreante diante do Joinville.

Na terceira e última partida pelo Grupo C, os dois times foram a campo com “reservas dos reservas”. O alvinegro sequer tinha a vaga matematicamente assegurada, mas chegou a acionar, por exemplo, Cícero e Anderson, do time júnior.

Pelo lado celeste, quem aproveitou bem a chance foi o zagueiro Murilo. Estreante em partida oficial na ocasião, ele acabou se firmando no elenco e ganhando uma vaga no time titular alguns meses depois.

Descanso ou nova oportunidade para estrelas

Por mais que a Primeira Liga permita experiências e “treinos de luxo”, a principal utilidade do torneio, ao menos neste momento, é dar aos técnicos a possibilidade de poupar jogadores importantes para a sequência das competições oficiais.

Além de Cruzeiro e Atlético, todos os demais quatro clubes considerados “grandes” também decidiram escalar reservas nesta fase. As exceções são o Paraná e o Londrina, concorrentes na Série B.

A comissão técnica Raposa não divulgou os jogadores relacionados. A expectativa, porém, é que pelo menos o goleiro Fábio, o zagueiro Léo e o meia Thiago Neves sequer sejam levados para o Mineirão.

Apesar de não poder ser acionado na Copa do Brasil, por ter sido contratado após o prazo de participação, o atacante Sassá era dúvida até ontem, devido a uma dor no ombro.

Já no Galo, não viajaram o goleiro Victor, o zagueiro Leonardo Silva, o lateral Fábio Santos, os volantes Elias e Adilson, os meias Cazares e Otero e os atacantes Luan e Rafael Moura.

Por outro lado, os dois times terão algumas de suas principais estrelas em campo. No Cruzeiro, o meia Arrascaeta deve voltar a ser titular depois de três meses e duas lesões. E, no Atlético, os atacantes Robinho e Fred deverão atuar juntos como titulares pela primeira vez desde a chegada de Rogério Micale, com o qual têm ficado no banco.

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